Black Metal: O Lado Negro da Divindade |
O Black Metal sempre foi alvo de muitas críticas e
curiosidades desde seu nascimento, no começo dos anos 80, o estilo surgiu para desmoronar
com toda uma cultura de massa e de dogmas dominantes de cunho judaico-cristão,
sua real intenção era destruir os pilares destas “culturas lobotomizantes” e
inserir assim um novo modo de pensar, agir e criticar o mundo a sua volta, não
aceitar passivamente tudo o que era imposto pela mídia e pela massa cega, que
só queria enxergar um modo de consumismo exacerbado capitalista onde o ter era
o mais importante que o ser. Queria o homem pensante e como o centro de todas
as coisas, e não curvado a uma religião que ditava seus comportamentos e seu modo
de viver baseado no legado de um mentiroso. O Black Metal tinha estes objetivos
e não hesitava em fazê-los ser válidos, às vezes de um modo radical e
extremista, mas isto não importava desde que sua filosofia se sobressaísse sobre
o modo de pensamento consumista e egoísta em que a sociedade vivia
mergulhada.
Este post tem como objetivo uma análise minha sobre alguns
textos que adquiri na internet, de pessoas e bandas inseridas no meio deste
polêmico estilo e, antes de qualquer coisa, quero deixar claro que são apenas
opiniões pessoais, não querendo em momento algum que soem como verdades absolutas,
pois a verdade cada um faz a sua, é somente minha visão ou mesmo um desabafo
acerca do tema. Bem, vamos ao post e sempre mantenham o Culto Negro vivo.
“O Black Metal é naturalmente uma
contracultura da sociedade atual. Um estilo musical relativamente novo que tem
suas raízes no início dos anos 80 (evoluindo do heavy metal de caráter assumidamente satânico com influências sonoras agressivas do punk), mas é formado por cultos e tradições antigas
que remetem ao início da sociedade. Uma cultura anti-rebanho onde cada
indivíduo busca a própria evolução. Satanismo/Luciferianismo, paganismo, filosofia niihilista, culto a guerra, culto
a morte e ao caos, agregando assim todos aqueles de cunho sinistro. Um culto que vai contra todas as
culturas antinaturais. Partindo desse ponto de vista a cultura moderna e
dominante é a verdadeira ‘’contracultura’’ da natureza e consequentemente do
homem”. (Deserto de Azazel – Colaborador e um dos criadores do Blog Cultura do
Metal Negro).
Alver 1349 – Concordo, apesar do nascimento do Black Metal
ainda esta muito controverso, tomarei como parâmetro o lançamento do álbum
Black Metal do Venom, pois a origem do termo se deu ao título deste álbum,
mesmo sendo questionado por muitos apreciadores do estilo, de um ponto de
partida temos que começar, e começarei por este.
O Black Metal se encaixa perfeitamente no que Deserto de Azazel
disse relativo à suas raízes culturais, o Black Metal sempre buscou o culto ao
negro, ao obscuro e as antigas tradições que não eram influenciadas pelas
mentiras do judaico-cristianismo e que buscam o conhecimento interior de cada
ser humano. Seus temas têm uma grande gama de ideologias, fazendo com isso várias
divisões dentro do Black Metal (pois para mim uma banda só pode ser chamada de
Black Metal se seu tema for de cunho Satânico e Anticristão, se for de outra
temática como Pagã, Viking e até mesmo Depressiva, já temos os estilos que se
harmonizam melhor com esta apreciação como Pagan Black Metal, Viking Black
Metal, Depressive ou Suicidal Black Metal, que no meu entendimento, só recebem
estas classificações por serem subdivisões dentro do Black Metal, levando
consigo a etimologia da palavra junta em seus conceitos). Sim, o Black Metal
vai contra tudo que não for uma cultura natural, livre e acima de tudo pensante
e altamente crítica de dogmas e costumes forçadamente estabelecidos. Luta
contra a cultura de massa dominante também conhecida como “Cultura de Rebanho”,
sendo que para o Black Metal estas culturas soam sim como “contraculturas” que
entorpecem o ser humano e os impõe modo de viver, pensar e de se comportar.
Ao lado de Venom, Bathory também foi uma das maiores influências dentro do Black Metal mundial. |
É Desmotivante que...
Ninguém saiba que apenas este músico, Tomas Forsberg "Quorthon"
é o Criador do Viking Metal e um músico da primeira onda do Black Metal.
Dedicou toda a sua vida a música, dedicou toda a sua vida ao Bathory e a
desfrutar da natureza e transmitir a mensagem do Metal pelos
corações de todos os fãs do Bathory. Descanse em Valhalla Quorton
Repouse em Walhalla
Ninguém saiba que apenas este músico, Tomas Forsberg "Quorthon"
é o Criador do Viking Metal e um músico da primeira onda do Black Metal.
Dedicou toda a sua vida a música, dedicou toda a sua vida ao Bathory e a
desfrutar da natureza e transmitir a mensagem do Metal pelos
corações de todos os fãs do Bathory. Descanse em Valhalla Quorton
Repouse em Walhalla
“A crítica não é contra o DSBM em
si, é contra a postura medíocre adotada por muitas pessoas da assim chamada
“cena”“.
Black Metal is Elitism. Fuck the subhuman scum! (Black Metal é Elitismo.
Foda-se a escória sub humana).
Alver 1349 – Excelente texto, explica bem como anda a atual cena Black Metal, repleta de perdedores, vermes oportunistas, atraídos pelo estilo de cultura de massa que só satisfaz sua ganância através do dinheiro, poder e status. Quanto às bandas que propagam o uso de drogas ou álcool, fica a critério de cada banda e seu uso vai por conta de cada um, propaga quem quer, e usa quem quer, acredito que ae fica uma questão criteriosa de cada indivíduo. O texto explica claramente como o Black Metal deve ser, sem fraquezas, e neste ponto concordo com a sua crítica as drogas, no interior da questão, o uso de drogas ocasiona uma fraqueza do ser humano e como forma de se aliviar das tristezas e usa a droga como um modo de escapismo dos problemas da vida.
Se você tem problemas ou esta em desgosto com sua vida,
corra atrás para mudar este quadro, seje forte, lute por seus ideais e não se
afunde nas drogas achando que sua vida vai melhorar, pois apenas você se
afundara ainda mais neste mundo ilusório que a droga lhe traz, e quando esta
ilusão acaba só sobra a triste realidade....
E se você encaixa-se em todas as indagações finais do texto,
você tem apenas estas opções: se tratar ou mudar sua realidade para sair desta
situação, ficar nesta merda de vida (aproveite este seu estado de inércia e
procure outro estilo de som para curtir que não seja o Black Metal, pois com
certeza esta linha do metal ou todo o metal em si não se encaixa com um fracassado como você), ou
então siga a dica do texto mesmo, SE MATA, talvez seja um favor que você faz
para o mundo.
“NÃO APOIE A CENA
Depois que o Death e o Black Metal fizeram as suas contribuições significantes,
um grito ecoou: apoie a cena!
Isso quer dizer que você deveria ir aos shows locais, comprar materiais e dar
subsistência monetária e publicidade para as bandas locais de alguma forma.
Mas eles deixaram vago um ponto chave: quais bandas locais?
Na verdade, eles não querem que você faça essa pergunta. São todas as bandas
locais. Dessa forma, mesmo as bandas que não tem nenhum talento vão conseguir
vender materiais e música porque, sabe como é cara, apoie a cena!
De fato, o "apoie a cena" na verdade significa "acabe com o
controle de qualidade". Deixe de tentar ter boas bandas, vamos apenas ter
muitas. Dessa forma, todos podem entrar na brincadeira sendo tão legal quanto
Euronymous ou Azagthoth.
Eu tenho uma filosofia diferente: apoie as boas bandas e ignore as ruins. Essa ideia é às vezes chamada de "seleção natural". Significa que se você
quer uma cena forte, você apoia apenas os candidatos fortes e deixa os fracos perecerem.
As pessoas que entraram no metal depois de 1994 não têm ideia de quão cruel,
seletiva e intolerante à antiga cena era - ou o quanto isso foi beneficial à
própria. As pessoas ignoravam bandas que não eram um grande conjunto: música,
letras, nome, imagem, música, produção, arte visual e personalidade. A cena era
mais elitista do que os atuais hipsters pseudo-elitistas sonhariam em ser.
A cena era completamente hostil a pessoas que não a entendiam, e era uma
cultura complexa e insular, tão alienada do mainstream, que via qualquer um que
ainda acreditasse que a sociedade tivesse algum futuro como uma falha mental.
Ela via a sociedade como algo insano que caminhava para a sua própria queda. A
cena percebia como a vida moderna era construída de muitas mentiras antigas,
amaciadas e polidas para parecem brilhantes e novas.
O underground não é um lugar para quem quer se enturmar. Não é um lugar para
embalistas. Não é um lugar para as pessoas que, não tendo nada para se
importar, saem buscando por uma "identidade" que eles possam
construir a partir de coisas que eles compram e de eventos que frequentam.
Não apoie a cena. A cena é um parasita. Apoie as boas bandas de metal, e morte
ao resto”. (Texto retirado do
facebook da banda Umbra Morta).
Alver 1349 – Texto de complexa interpretação devido à amplitude
do seu significado proposto pelo título:
“Não apoie a cena”.
Fica em cheque esta questão, pois antes vem uma indagação que
se faz necessária: O que é a cena?
Acredito que o autor se preocupou mais em analisar os lados negativos desta “cena” e deixou de lado os aspectos positivos que ela pode ocasionar com sua existência. Assim como o autor, muitos envolvidos com o Black e o Death Metal, principalmente os mais antigos cultuadores, desmerecem ou descreem deste termo devido ao descrédito que a mesma ganhou com o tempo (devido falta de união entre membros, falta de interesse em se levar a frente suas ideologias, ou mesmo o abandono de vários integrantes), ou que a mesma nunca existiu, restando apenas fortes guerreiros que ainda carregam a chama negra acessa em focos isolados.
Acredito que o autor se preocupou mais em analisar os lados negativos desta “cena” e deixou de lado os aspectos positivos que ela pode ocasionar com sua existência. Assim como o autor, muitos envolvidos com o Black e o Death Metal, principalmente os mais antigos cultuadores, desmerecem ou descreem deste termo devido ao descrédito que a mesma ganhou com o tempo (devido falta de união entre membros, falta de interesse em se levar a frente suas ideologias, ou mesmo o abandono de vários integrantes), ou que a mesma nunca existiu, restando apenas fortes guerreiros que ainda carregam a chama negra acessa em focos isolados.
Apesar deste termo entre muitos círculos de apreciadores do metal extremo esteja em desuso, eu particularmente acredito e acho viável o uso deste termo, mesmo estando muito dilacerado e despedaçado, a meu ver, carrega em si um conceito de união entre indivíduos que compartilham dos mesmos ideais, gostos musicais, entre outras características que os unem.
Creio que a “cena” é feita por cada um e você, sendo a
pessoa única que é, cria sua própria cena, com seus conceitos, significados e
crenças. E vai estar inserido em um círculo de pessoas que concordam (ou pelo
menos em parte) com o que você pensa e diz, e este pequeno grupo pode ser
chamado de cena, que pode ser na sua cidade, na sua rua, ou na internet, o que
importa é lutar por suas convicções, não se rendendo a esta corrompida
sociedade.
Compreendo e compactuo com o texto quando é colocado em
pauta o tema da cena pré 1994; Sim é verdade que a intolerância da antiga cena
a tornou muito mais seletiva e cruel em padrões de escolha que julgavam
necessárias para definir as verdadeiras bandas como: letras, musicalidade
torturante com poucos recursos e sem uso de teclados ou vocais femininos,
ideologias e praticas reais do que acreditavam, sendo tudo isto somado à muita personalidade.
Este excesso de intolerância a fortalecia na expurgação de
qualquer oportunidade do mainstream se infiltrar na cena. Ela via a sociedade
como decadente e que se guiava para o seu fim. Com isso, o caos, a guerra e o
holocausto deveriam ser impostos a esta sociedade que tentava se erguer em meio
ao orgulho filosófico em que a antiga cena estava inserida. Morte a tudo que é
moderno, feliz, e de fácil aceitação pela massa de manobra.
Discordo quando afirma que o underground não é um lugar para
se enturmar, acredito que sim, pois de acordo com um dos sinônimos da palavra
enturmar, (Ex: aproximação) creio que deva acontecer sim no meio underground a
aproximação entre os focos isolados de velhos e verdadeiros membros, os tornando
mais fortes e coesos, para, quem sabe um dia, ver renascer os anos de glória
que infelizmente ficaram no passado.
Ao final do texto, me ajusto com o afastamento dos
“embalistas” do movimento, pois o mesmo deve ser formado somente por pessoas
sérias e que compreendem de verdade sua filosofia, e não por fracos sem
identidade, que acreditam que comprando materiais e usando camisas de banda vão
se encaixar dentro do estilo, mas como são apenas fracassados oportunistas, o
tempo se encarrega de afastá-los deste glorioso circulo.
Apoie o que há de bom para ser oferecido pela cena, unam-se
aos verdadeiros guerreiros e bandas e morte ao resto.
"Qual era a "mensagem" do Black
Metal? Assim como muitas coisas interessantes, ela não está apenas num formato
de x=y. Em vez disso, temos algumas imagens na superfície e devemos ir até o
fundo para encontrar a ideia original.
The True Mayhem |
O Black Metal expressava um amor pela natureza,
uma melancolia sombria, um atavismo feroz, uma aparente alegria na morte e
inverno e uma adoção da seleção natural como um teste decisivo para a
humanidade. O Black Metal amava a crueldade, os sons sombrios e degradados, as
antigas ruínas e as antigas culturas. Odiava o McDonald's, a religião
organizada, os modismos, a "diversão" e a inclusão social.
A essência do Black Metal pode ser descrita como
'anti-social'. Desprezava todas as circunstâncias onde as regras sociais - quem
é popular, quem é lastimado - tomavam o lugar de uma visão (baseada na
realidade, na emoção pessoal crua, na natureza e na visão ampla da história)
das ações e das suas consequências.
Para aqueles que amam o Black Metal, tal gênero
deve ser maligno. Deve abraçar o caos, a natureza e um mundo fora da
"segurança" das leis, da polícia, dos produtos devidamente embalados,
dos direitos e da atitude social de amor e confiança. O Black Metal quer um
mundo em constante conflito com o fogo, para que o esquecido, o mais forte e o
mais nobre se ergam acima das ruínas. Quer que a vida seja um constante
desafio, uma batalha onde a grande vitória e a grande derrota sejam ambas
possíveis. Quer tudo isso, em vez desse mundo medíocre onde todo mundo está
"seguro", mas que não há nada para se viver, para se lutar, apenas a
aceitação do rebanho.
O Black Metal rejeitou o rebanho. Rejeitou o
individualismo, porque o individualismo - o desejo de estar à frente fazendo o
que todas as outras pessoas fazem - formam a base do conformismo que dá poder
ao rebanho. Na verdade, o Black Metal tomou para si o tipo de individualidade
de um pensador inteligente buscando no mundo um significado que só pode ser
alcançado pela auto definição através da ação.
"O Black Metal é tão extremo que nem todo mundo pode fazer parte dele. Não é nenhum entretenimento divertido de crianças tontas para depois do colégio". (Oystein Aarseth) |
Quanto mais e mais pessoas entram para a sociedade
"segura" e consumista, a sabedoria do Black Metal se torna mais
clara. Ela não pôde salvar o Black Metal da sua erosão.
Não foi tanto a destruição de uma ideia, mas a
subversão de uma ideia por aqueles que queriam participar, então distorceram a
música para que ela se ajustasse a um papel social onde eles poderiam ser
individualistas importantes também. Mas isso não apagou a mensagem. Na verdade,
isso a tornou mais forte.
No mosh – No core – No fun – No Trends" (Não ao mosh –
Não ao sem cérebro – Sem gracinhas – Sem modismos) . (Texto retirado do
facebook da banda Umbra Morta).
Alver 1349 – Perfeito, só o que tenho a dizer sobre este
último texto, estou de pleno acordo com suas afirmativas, o interessante que o
texto já começa com uma desafiante indagação ao leitor, que já o leva a
refletir sobre a proposta do texto, “Qual era a “mensagem” do Black Metal?”.
Para todos aqueles que assim como eu tiveram a oportunidade de desfrutar das
épocas áureas do Black Metal e viveram a experiência de absorver a sua maligna essência
vão se identificar bem com este texto.
Achei um texto bem esclarecedor, que me abriu os olhos sobre
alguns pontos de vista não antes analisados por mim no crivo de certas questões
relativas às novas atitudes de pessoas e bandas dentro da cena. Eles se
adaptaram a esta sociedade podre e meramente consumista que nos domina para
atingir os mesmos malditos interesses desta suja sociedade. Acreditava
fielmente que isto seria a degradação do Black Metal e vi que neste aspecto
estava errado (pois quando mais pessoas entram para esta sociedade segura e
consumista, mas clara fica a sabedoria do Black Metal, onde apenas os fortes
sobrevivem).
Podem tentar destruir, ridicularizar e banalizar o Black
Metal, mas uma coisa não tem como ter fim: a “IDEIA”.
Não tem como matar uma ideia, denegri-la ou desintegrá-la, e para aqueles que
se mantêm firmes nesta estrada há muito tempo sabem disso, e estes
acontecimentos, no final das contas, tiveram sua contribuição para dentro do
estilo, mostraram ao próprio Black Metal que ele necessitava desta “seleção
natural”, mostrando como o Black Metal conseguiu se adaptar e sobreviver com o
passar dos anos, e todos aqueles que não se identificaram com esta grande
“ideia” que é o Black Metal, foram sumindo e sendo expurgados do movimento,
provando que isto não apaga sua mensagem, apenas a torna mais forte.
Black Metal – Força, Honra e Orgulho.
Agradecimentos:
Deserto de Azazel: Parceiro e também um dos criadores do Blog Cultura do Metal Negro.
Site Death Metal Underground: http://www.deathmetal.org/news/no-mosh-no-core-no-trends-no-fun/
Banda Umbra Morta por gentilmente ceder alguns textos: https://www.facebook.com/UmbraMorta?fref=ts
Link para ouvir Umbra Morta - Legiões Acausais: https://www.youtube.com/watch?v=7d9q6s52Mt0
Texto montado, ilustrado e comentado por ALVER 1349.
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