A intenção da criação deste blog se fez perante a necessidade de uma discussão séria sobre um dos gêneros mais polêmicos de todos os tempos dentro do metal, o black metal.
Este estilo tem particularidades ideológicas, filosóficas e musicais, que o distinguem de outras vertentes do metal.
Além disso, será debatido os vários subgêneros dentro do Black Metal para buscar compreender o porque destes diferentes rótulos, tais como pagan, atmosferic, NSBM, entre outros.
Por fim, serão postados entrevistas, álbuns e vídeos de bandas relacionadas ao estilo, assim como texto de grandes pensadores que influenciaram o Black Metal como um todo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Introdução - A Historia do Black Metal


Inicialmente, gostaria de postar dois textos distintos entre si, mas que em parte se completam em seu significado, o primeiro abordará mais o lado histórico do Black Metal, mostrando suas características de um modo geral. Já o segundo texto, pretende decifrar o indecifrável no Black Metal, se atendo pouco na história e frisando mais a parte ideológica do estilo. Vamos aos textos:

texto 1 Black metal

Black metal é um subgênero musical que evoluiu no início dos anos 80 paralelamente ao death metal, um outro gênero do metal extremo. É um estilo sombrio, cru e agressivo e incorpora em suas letras temas como o satanismo e o paganismo (em particular a mitologia nórdica), em alguns casos neo-nazismo.
Várias bandas de black metal tiveram influências do punk, tais como Venom, Celtic Frost, Bathory, Sarcófago, Darkthrone, Impaled Nazarene, Mayhem, Hellhammer, Behemoth, entre outras.
Algumas bandas consideradas precursoras do estilo são: Venom, Hellhammer, Bathory, Sodom, Celtic Frost, Bulldozer, Destruction e Mercyful Fate. Algumas das bandas mais influentes no início deste estilo foram: Burzum, Darkthrone, Emperor, Immortal, Sarcófago, Mayhem e Deicide.

História

Primordios do black metal


A primeira geração do black metal refere-se às bandas dos anos 80 que influenciaram a sonoridade e formaram um protótipo para o gênero.
O termo "black metal" foi cunhado pela banda inglesa Venom cujo nome foi retirado de seu álbum Black Metal lançado em 1982. Apesar do álbum ser considerado thrash metal pelos padrões modernos, apresentava mais temas e imagens centradas no anti-cristianismo e no satanismo do que qualquer outro da época. Os membros do Venom costumavam adotar pseudônimos, uma prática que se tornou comum entre vários os músicos do black metal.
Outra banda pioneira do black metal foram os suecos do Bathory, liderada por Thomas Forsberg (sob o pseudônimo de Quorthon). A banda apresentou este estilo em seus primeiros quatro álbuns, porém no início da década de 90 tornou-se pioneira do estilo que hoje é conhecido como viking metal.King Diamond e Sarcófago teriam sido os primeiros músicos da cena a utilizarem o "corpse paint".
Algumas bandas nos anos 70 que fizeram referência ao lado obscuro da vida não são enquadradas neste estilo, porém influenciaram bandas precursoras do gênero. Alguns consideram que as bandas precursoras fizeram parte da primeira onda do black metal, sendo alguns dos álbuns mais significativos desta onda: Black Metal - Venom, The Return e Under the Sign of the Black Mark - Bathory, Melissa - Mercyful Fate, Apocalytic Raids - Hellhammer e Morbid Tales - Celtic Frost.
Diversas bandas desta mesma época como Slayer, Possessed e Destruction temas satânicos em suas letras, embora suas sonoridades fossem bem diferentes do black metal. Estas bandas ajudaram a forjar a base do que viria a ser o black metal moderno que passou a existir de forma mais sólida a partir da segunda onda de black metal.

Início dos anos 90 (segunda geração do black metal)

O estilo teve um grande crescimento no início dos anos 90 com a chamada "segunda onda de Black Metal". O ano de 1991 viu os lançamentos dos primeiros discos dessa leva: Worship Him do Samael; o EP Passage to Arcturo do Rotting Christ e Oath of the Black Blood do Beherit.
Foi depois desses lançamentos que bandas da Noruega como Burzum, Darkthrone, Emperor, Mayhem e Immortal contribuíram para tornar o black metal moderno conhecido por todo o mundo. Suas letras falavam de temas pagãos, satânicos, anticristãos e ocultos em geral. Além do aspecto musical, as bandas retomaram o uso das pinturas faciais que passaram a ser chamadas de pinturas de guerra ("warpaint") ou mais comumente "corpse paint". Alguns dos álbuns deste período foram:Fuck Me Jesus do Marduk, Det Som Engang Var e Filosofem do Burzum, A Blaze In The Northern Sky do Darkthrone, Pure Holocaust do Immortal, De Mysteriis Dom Sathanas do Mayhem e In The Nightside Eclipse do Emperor.
Na época de 1991 a 1994 ocorreram na Noruega fatos polêmicos ligados ao black metal como queima de igrejas, assassinatos e violações de túmulos, que indiretamente contribuíram para a divulgação do gênero pelo mundo. Nesta mesma época começam a ser criados inúmeros subgêneros do black metal.

Do final dos anos 90 até hoje (terceira geração do black metal)

Durante os últimos anos da década de 90, o "black metal" ganhou maior notoriedade na mídia através de bandas como Dimmu Borgir e Cradle of Filth, que possuíam uma sonoridade já afastada dos padrões do black metal. Estas bandas logo começaram a ser consideradas black metal melódico ou symphonic black metal, pelo uso intensivo de teclados e elementos de música clássica.
Os EUA têm uma pequena quantidade de bandas de black metal. O movimento estadunidense de black metal é por vezes chamado de USBM. Esse movimento ainda não ganhou uma forma muito clara, mas os grupos mais conhecidos são Absu, Judas Iscariot e Averse Sefira, todos com fortes influências do estilo death metal.
Estas bandas fazem parte da chamada terceira onda de black metal, que contempla o black metal contemporâneo.

História e ideário do black metal norueguês

As mais proeminentes figuras da original cena da Noruega foi Øystein Aarseth, mais conhecido como Euronymous, o guitarrista da banda Mayhem, e Varg Vikernes, único músico do Burzum, precursores da cena black metal na Noruega. A cena era profundamente anticristã, e procurava remover o cristianismo e outras religiões não-escandinavas da cultura norueguesa. A maior parte deste movimento foi dirigida pelo "Inner Circle", um grupo formado por Aarseth, Varg e alguns outros amigos próximos, cuja sede era o sótão da loja de discos de Aarseth, chamada de "Helvete" (ou Inferno). A loja incluía um estúdio de gravações, e foi aí que foram gravados os discos do Mayhem, alguns do Burzum e de outras bandas de black metal que assinaram com o selo de Aarseth, chamado Deathlike Silence Productions. Ele só assinava contratos com bandas que, segundo suas próprias palavras, "encarnavam o mal em seu estado mais puro".
Durante este tempo na Noruega diversas igrejas foram queimadas. O "Inner Circle" foi acusado e não reivindicava estes atos, reclamando que o seu objectivo era inspirar seus seguidores a perpetuar o orgulho escandinavo e não deixar que suas origens fossem esquecidas. A mais famosa das igrejas queimadas foi a de "Fantoft Stave", queimada por um membro do "Inner Circle" com ajuda de Varg Vikernes (também conhecido como Count Grishnackh) da banda Burzum. Os entusiastas do black metal também começaram a aterrorizar outras bandas de death metal que tocavam no país e nos países vizinhos.
A cena black metal ganhou uma grande repercussão na mídia quando o vocalista da banda Mayhem, Per Yngve Ohlin, que adotava o pseudônimo "Dead", cometeu suícidio em Abril de 1991 com um tiro de espingarda na cabeça, depois de ter cortado os pulsos e garganta. Devido o seu grande senso de humor mórbido, deixou escrito: "Desculpem pelo sangue". Seu corpo foi descoberto por Aarseth, que em vez de chamar a polícia, foi correndo para a loja mais próxima comprar uma câmera e tirou fotografias do cadáver. Uma dessas fotografias serviu de capa para o álbum Dawn of the black hearts, do Mayhem. Boatos dizem que Euronymous possuía fragmentos do crânio de Ohlin e que ingeriu pedaços de seu cérebro.
O "Inner Circle" foi mais exposto na mídia quando, em 1993, Vikernes assassinou Aarseth em sua casa, com 23 golpes de faca na cabeça e nas costas. Vikernes foi setenciado a 21 anos de prisão e desde então distanciou-se da cena black metal, escrevendo extensos artigos sobre a história do Burzum. Varg Virkenes, em seus artigos recentes, deixa claro que a música do Burzum não é mais black metal e não tem nenhuma ligação com o satanismo. Entretanto, a sonoridade do seu último album Belus é semelhante à dos anteriores, com excepção da parte vocal.

Características musicais

As canções de black metal costumam apresentar uma ou mais das seguintes características:
• Utilização de tons menores visando à criação de atmosferas musicais sombrias, frias, obscuras e melancólicas.
• Guitarras rápidas usando a técnica de palhetadas em tremolo.
• Baixos com uso de pedal de distorção.
• Letras de cunho anticristão ou ligadas ao Paganismo, Satanismo, Mitologia e Ocultismo em geral. Existem ainda bandas em que as letras são ligadas ao Niilismo, Anti-Humanismo, algumas até mesmo à Depressão, Suicídio ou doenças mentais. Vale notar que bandas como Deicide, Immolation e Slayer possuem algumas músicas com letras referentes a alguns desses temas, porém estas bandas são consideradas respectivamente bandas de Death Metal (Deicide e Immolation) e Thrash Metal (Slayer).
• Bateria rápida e agressiva, geralmente usando a técnica de "blast beats". A bateria também pode assumir uma sonoridade mais seca e vagarosa de forma a criar diferentes atmosferas para a canção.
• Os vocais geralmente são guturais e agudos, mas existem muitas bandas que utilizam estilos vocais bastante variados, ainda que sempre "rasgados".
• Utilização ocasional de teclados, harpas, violinos, órgãos e coros são relativamente comuns, proporcionando à música uma sonoridade de orquestra. As bandas que se utilizam instrumentos "leves" são consideradas bandas de Symphonic Black Metal.
• Produção musical limitada e gravação de álbuns com baixa fidelidade. Este expediente é utilizado intencionalmente como uma afirmação contra a canção "mainstream" ou para criar atmosferas diferentes na canção. Este efeito de "subprodução" é obtido cortando-se as freqüências mais altas e as mais baixas, deixando apenas as freqüências médias. Poucas bandas pioneiras do estilo ainda se utilizam de tal recurso, pois sua produção musical limitada era causada principalmente por seus baixos orçamentos.

Outras características

• Uma característica notória do estilo é a utilização do "corpse paint", que é uma pintura facial (geralmente em preto e branco) que proporciona à pessoa uma aparência de cadáver em decomposição (corpse, em inglês). A banda Immortal referia-se à sua pintura como uma pintura de guerra com significado diverso do "corpse paint".
• Utilização de pseudônimos satânicos/obscuros ou não. Os pseudônimos são herança das tribos guerreiras do passado, onde eram usados pseudônimos com o objetivo de amedrontar os integrantes das tribos inimigas. A utilização de pseudônimos no Black Metal foi iniciada pelo Venom, cuja formação original consistia de Cronos, Mantas e Abbadon. Outros exemplos são: Quorthon (Bathory), Nocturno Culto (Darkthrone), Ihsahn (Emperor), Abbath (Immortal), Euronymous (Mayhem), Shagrath (Dimmu Borgir).

Subgêneros

O black metal é conhecido por possuir inúmeros subgêneros, havendo grande rivalidade entre alguns. Os principais sub-gêneros do estão listados abaixo:
• Blackened death metal: Este subgênero se caracteriza basicamente por ter uma sonoridade de death metal e vocais e letras de black metal.
Algumas bandas: Behemoth, Belphegor, Sarcofago, Zyklon
• Blackened doom: também conhecido como Black Doom e dark metal é um gênero que mescla a temática e vocal do black metal com a lentidão e sonoridade do doom metal.
Algumas bandas: Bethlehem, Forgotten Tomb, Katatonia, Dictator, Fear of Eternity, Barathrum, Ajattara, Nortt.
• Black metal melódico: Black metal com uso intensivo de riffs de guitarra mais melódicas.
Algumas bandas: Catamenia, Naglfar, Woods of Ypres.
• Black metal nacional-socialista: A diferença deste subgênero para o black metal é a orientação neo-nazista, tendo como temas ódio, paganismo, ideais nacional-socialistas, racismo e orgulho da nação de origem.
Algumas bandas: Aryan Terrorism, Temnozor e Nokturnal Mortum.
• Symphonic black metal: Black metal com a adição de elementos clássicos.
Algumas bandas: Borknagar, Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Emperor, Arcturus, Old Man's Child, Theatre Des Vampires.
• Viking black metal: Black metal com letras falando sobre vikings, bárbaros, mitologia nórdica e natureza.
Algumas bandas: Bathory, Vintersorg, Enslaved , Moonsorrow
• Depressive black metal: Black metal com temas abordando a depressão, descontentamento para com a vida, suicídio e misantropia.
Algumas bandas: Xasthur, Lifelover , Thy Light, Nocturnal Depression, Nyktalgia, Abyssic Hate , Shining.

Alguns discos importantes do estilo

Os álbuns abaixo são considerados pela crítica como clássicos do estilo:
• Amen Corner – Fall Ascension Domination
• Bathory – Bathory, The Return, Under the Sign of the Black Mark e Blood, Fire, Death
• Burzum – Burzum, Aske, Hvis Lyset Tar Oss , Filosofem
• Celtic Frost – Morbid Tales, To Mega Therion e Into the Pandemonium
• Darkthrone – A Blaze in the Northern Sky, Under a Funeral Moon, Transilvanian Hunger
• Dissection – Storm of the Light's Bane e Reinkaos
• Emperor – In the Night Side Eclipse
• Hellhammer – Apocalyptic Raids
• Immortal – Diabolical Fullmoon Mysticism e Pure Holocaust
• Marduk – Panzer Division Marduk e World Funeral
• Mayhem – Deathcrush,Live In Leipzig e De Mysteriis Dom Sathanas
• Mystifier – Wicca e Goétia
• Sarcófago – I.N.R.I., Rotting e The Laws of Scourge
• Venom – Welcome to Hell e Black Metal

Livros

• Lords of Chaos: The Bloody Rise of the Satanic Metal Underground. Feral House Books, Los Angeles ISBN 0-922915-48-2, 1998
• Garry Sharpe-Young: Rockdetector: Black Metal. Cherry Red Books ISBN 1-901447-30-8, 2004
• Karl Jones: A blaze in the northern sky: Black Metal Music and Subculture. University of Manchester ISBN 0-946180-60-1, 2002

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Black_metal

texto 2 A Definição Indecifrável do Metal Extremo: O Black Metal
Elaine Z


Este artigo se propõe a analisar o subgênero do metal mais contraditório e apreciado por boa parte dos apreciadores/as: o Black Metal.
Percorrendo rapidamente uma parte de sua complexa e um tanto confusa origem (entre as décadas de 70 a 80), excetuando-se sua ligação com o lançamento do álbum BLACK METAL do VENOM, naquela época a insatisfação dos apreciadores/as do metal extremo com a produção musical levou a muitos questionamentos quanto a sua identidade. O rock em sua essência tem como objetivo evocar a rebeldia, o abalo em estruturas morais e sociais, o protesto em geral. E sua profundidade está no metal. Para isso, o metal extremo vale-se da arte sinistra e beliciosa para expressar-se, e quase todas as produções musicais trabalham sob este parâmentro. Se for preciso, corromper símbolos comumente aceitos.
É exatamente neste “gancho” – corromper símbolos comumente aceitos – que entra o ocultismo.
Os questionamentos quanto à identidade do metal extremo levaram algumas bandas a comporem músicas mais obscuras e agressivas, e a adoção de novos ideais, passando bem longe dos da que a cena “underground” da época praticava.
E o que é o ocultismo, senão a volta do ser para o seu lado obscuro, aquela área do subconsciente onde reside forças ainda não despertas, por medo ou bloqueio impostos pela criação? Tudo se dá em meio a questionamentos, que, que geram novas atitudes. O ato de contestar valores comumente aceitos passam pelos sistemas mais dominadores existentes. E um é bem conhecido: a religião.
Interessante mencionar o “Divino Marquês” Sade, que tratou em sua obra de exaltar os instintos mais naturais do homem: a libido e a violência, numa época de grande domínio da religião. Também é necessário mencionar Helena Petrovna Blavatsky, uma pioneira na divulgação do ocultismo pelo mundo com a Teosofia, que dispôs conhecimentos até então inacessíveis às pessoas, chocando a base religiosa monoteísta.
As primeiras manifestações do que viria a ser conhecido como Black Metal se deram com os trabalhos musicais de Venom, Mercyfull Fate e Bathory, que tomaram como base o grande inimigo das religiões monoteístas: Satan. O que poderia ser mais chocante do que exaltar as características deste arquétipo/entidade em detrimento de um sistema dominador baseado nas limitações? Em detrimento de uma doutrina que repreende a elevação do ser humano por seu próprio esforço, “em nome de Deus”?
O Black Metal é, em sua essência, satânico. Não necessariamente ligado à Filosofia proposta pela Church of Satan, fundada por Anton Szandor LaVey, mas especificamente por duas características:

1) A “metáfora” do Lobo;
2) Oposição aos estilos com influências judaico/cristãos

No que diz respeito à “metáfora do lobo”, é sua contraposição diante da “mentalidade de rebanho”. A violência e crueza de sua sonoridade é um “convite” para uma mudança radical de comportamento – de “servo” para “senhor”. “Senhor” de seus problemas, paixões, convicções e opiniões, de inserir-se na realidade compreendida pelo “Self”, e não por ditames ordenados por outros (os guiados como rebanho).
Sua oposição aos estilos com noções cristãs (hippies, por exemplo) se deve ao fato destes evocarem conceitos de igualitarismo, justiça, bondade e maldade. O Black Metal, por outro lado, já evoca o individualismo – desafia a pessoa a provar o quão convicto é de tudo o que acredita para si mesma; é o desnudar-se de suas “máscaras” (auto enganação); submeter os inimigos e exterminar as “almas de espírito pobre e assistencialista”. E de cuidar de seus interesses, acima do interesse coletivo – claro, não desrespeitando as leis e constituição de seu País.
Boa parte destas características estão presentes na Filosofia do Satanismo Moderno, mas o Black Metal, por possuir um ímpeto infinito de expressão, não se limitaria a uma base específica, pois assim não seria “música”, mas sim “hinor de louvor”. Por isso, possui em sua abordagem o paganismo (seja nórdico, sul-americano, grego, etc.), a crítica (oposição ao sistema religioso, moral e social), menção de fatos históricos, filosóficos, e até mesmo elementos ritualísticos e de ambiente (ambient black metal e atmospheric black metal).
Em outras palavras, o Black Metal, quando coerentemente apreciado, leva ao “despertar” de uma condição de subserviência, se valendo do metal mais cru e pesado. Então, se ele possui essa característica, parece um tanto incoerente dizer que possua uma “Filosofia de Vida”. Se aponta de forma direta todas as formas de auto-ilusão, de moral estúpida, então cada um que toma contato com este, despertando o gosto e apreço, produz uma ação independentemente em cada pessoa. Então, não há uma ideologia em comum, mas sim o individualismo.
Conclui-se então que o Black Metal possui uma definição indecifrável pelo individualismo. Satânico, opositor, saudosista dos cultos antigos pagãos, guerreiro, abre um leque de sensações e horror, amado por uns e detestado por outros. Mas sempre de forma crua e profunda.

Longa vida ao Black Metal – Sangue, Honra e Orgulho!

Fonte: http://www.mortesubita.org/sinfonias/musica-e-ocultismo/a-definicao-indecifravel-do-metal-extremo-o-black-metal

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