A intenção da criação deste blog se fez perante a necessidade de uma discussão séria sobre um dos gêneros mais polêmicos de todos os tempos dentro do metal, o black metal.
Este estilo tem particularidades ideológicas, filosóficas e musicais, que o distinguem de outras vertentes do metal.
Além disso, será debatido os vários subgêneros dentro do Black Metal para buscar compreender o porque destes diferentes rótulos, tais como pagan, atmosferic, NSBM, entre outros.
Por fim, serão postados entrevistas, álbuns e vídeos de bandas relacionadas ao estilo, assim como texto de grandes pensadores que influenciaram o Black Metal como um todo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Acceptus Noctifer - Amores De Ofício (2009)



Artist: Acceptus Noctifer
Album: Amores De Ofício
Year: 2009
Genre: Black Metal
Country: Portugal
Quality: mp3@192kbps
Size: 58 MB

1. Sonhos De Cadáver 04:21
2. Vícios de Covil 04:28
3. O Estertor Mortal 03:31
4. Bacantes De Nobres Vícios 03:11
5. Rio De Moinhos 03:08
6. Veneno Que Me Bebe 05:36
7. Seja Essa A Tua Sede… 06:03
8. Funérea Madrugada 06:31
9. Canteiro De Ossos 05:35

Total playing time 42:24
link para download:
http://www.megaupload.com/?d=P5FQ4Y0L



Excelente banda de Portugal que faz um black metal muito obscuro e com muito sentimento, tem musicas com pegadas mais rápidas e diretas e outras com guitarras mais gélidas e arrastadas, completado com vocais desesperados que dão um clima morbido ao som, altamente recomendavel a todo ouvinte de um triste e depressivo black metal.







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Interpretação por Diego O. Soares



Sonhos De Cadáver                                                               Interpretação



Órbitas sem olhos, lâmpadas sem luz,                        A primeira estrofe descreve claramente um corpo
maxilas cor d'âmbar, frias como o gelo,                enterrado e em estado prolongado de decomposição.
faces descarnadas, crânios sem cabelo,
formas onde a carne se desfez em pus
despiu-nos a terra o tórax e os diversos membros.

Das bocas sem lábios sai-nos uma trova,           Agora os cadáveres aterrorizam com sua arte macabra.
que é como um punhal esfarrapando a pele.      Eles gozam em canções e bailes porque a suas próprias
A desoras, quando treme o arvoredo,              necessidades básicas são um terror ao mundo dos vivos.
e o silêncio esmaga as fortes ventanias,
no baile macabro damos as mãos frias
e vamos dançar cancãs que metem medo.

E quem sabe lá, profunda noite escura,                                     O cadáver sonha com a sua amada noite:
as voltas que demos quando ainda não                nos tempo em que eram vivos e davam voltas, juntos...
tínhamos descido à negra vala impura.

Ai quem sabe lá! Que a vida é enigma                   O personagem descreve que uma quebra de fantasias
aonde entramos rindo sem pensar na seca vida... o fez pensar e acreditar que a vida é um castigo e que
Vale mais morrer, que a morte é a saída...                                                    não oferece nenhuma razão.
dessa pena injusta, desse infame estigma.

Desse imundo charco...                                        O sonho do cadáver faz com que a realidade dos fatos
A dor e a angústia, o desengano e a febre,                    fazem de suas verdades uma confiança absoluta.
o ouro de um palácio e a fome de um casebre...                                   E que o vício pela autodestruição
Que para ver males é que nós nascemos                        é um veneno que nosestraga, estraga o sangue ...
pelas podridões das bacanais devassas,
onde o vício bebe por lascivas taças,
o veneno um que nos estraga o sangue.



            Primeira interpretação feita por mim desse trabalho que pra mim é um dos melhores no ramo na atualidade. Com letras muito bem elaboradas e assuntos profundamente estudados. Um exemplo para bandas brasileiras e portuguesas, que tem sim como compor uma bela canção das extremidades com as letras em nosso idioma. Demonstrando assim um maior respeito às pessoas que estão ao seu redor e trabalhando e se dedicando a favor da sua cultura.

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