A intenção da criação deste blog se fez perante a necessidade de uma discussão séria sobre um dos gêneros mais polêmicos de todos os tempos dentro do metal, o black metal.
Este estilo tem particularidades ideológicas, filosóficas e musicais, que o distinguem de outras vertentes do metal.
Além disso, será debatido os vários subgêneros dentro do Black Metal para buscar compreender o porque destes diferentes rótulos, tais como pagan, atmosferic, NSBM, entre outros.
Por fim, serão postados entrevistas, álbuns e vídeos de bandas relacionadas ao estilo, assim como texto de grandes pensadores que influenciaram o Black Metal como um todo.

domingo, 19 de setembro de 2010

Asaradel

Entrevista cedida por: Getúlio (Gárgula Valzer)
Realizado em: 2005
Por: Fabio
Somente disponivel no Web Zine

 "Você fez parte da banda ASARADEL, que tocava black metal, o que levou você a mudar o direcionamento da sua música nesse novo projeto, a trabalhar com a música gótica e se dedicar tanto a esse estilo completamente diferente do Asaradel, sua banda anterior? Desde aqueles tempos, você já apreciava Gótico?  
(Getúlio)ASARADEL foi magia pura! Foi uma banda de fases interessantíssimas! Os primeiros cinco anos foram de total obscurantismo, fazíamos coisas muito loucas, uma vez tocamos no antigo GARAGE no Rio de Janeiro, e levamos no ônibus um arsenal de artigos de funerária, uma mochila repleta de velas, ninguém entendia nada; mas na época o cenário era muito pesado, pedia essas extravagâncias mórbidas e, vivíamos pela morbidez. Literatura? Crowley nas veias! Eu morei numa república com uns caras muito pirados, com ratos... No meu quarto tinha uma bandeira do Crowley, às vezes víamos alguns espíritos e comemorávamos isso... Depois surgiu o “Norwegian Black Metal”, e tudo perdeu aquele encanto, aquela coisa de ficar endeusando Varg [Nota do R: Varg Vikernes, mentor do Burzum] foi ficando chata, apareceu um milhão de bandas xerox das bandas da Noruega, e aí descobri BALDELAIRE e nomes mágicos que os Góticos adoravam como LACRIMOSA, DEATH IN JUNE, etc... me identifiquei totalmente com o Goticismo e ASARADEL virou Gótico com a entrada de Joy no baixo, gravamos um EP oficial que hoje tem sido muito procurado, mas, fomos injustiçados pela “mídia” na época; muita gente sacaneou o Asaradel, o cara que assinamos não fez nenhuma divulgação do disco, foi como ter lançado mais uma demo, entende? Aquilo foi deixando a gente triste, e desistimos. Comecei no Gótico em 1996, e um álbum que me marcou muito foi o “Inferno”do Lacrimosa."


Entrevista completa:
http://www.oocities.com/secretsentrevistas/entrevistagargulavalzer1.html?201019#ixzz0zxCdYzWW

"...Depois surgiu o “Norwegian Black Metal”, e tudo perdeu aquele encanto..."
 

  
  Esse é o reflexo negativo da "epidemia do norte" no cenário brasileiro, a influência e importância de Mayhem,Burzum e companhia é inegável, mas o que todos tinham que entender é que somos muito mais do que meras cópias do "True Black Metal" e que o Black Metal raiz, pioneiro e por isso me atrevo a exclamar verdadeiro!...Veio antes com todos aqueles que já sabemos. Então considero apenas coerente o termo “true” se for aplicado como homenagem a Venom,Hellhammer,Bathory e cia, caso contrário seria um furto descarado, uma verdadeira cara de pau. Se precisam rotular então que sejam honestos e sinceros consigo mesmo:

“Norwegian Black Metal” é muito mais coerente. A cultura agradece!

 Diego O. Soares - hprip


                                                      Asaradel - A Dance of Pure Triumph

Informações:
Barbacena - MG






3 comentários:

  1. Acredito tambem, que esta justificativa quanto a mudança de estilo da banda Asaradel, não seja tão plausivel. Mesmo quando a gente já sabe que há muitas banda que imitam Burzum, pelo menos no estilo, não sei se na ideologia, mas acho que quando se virtua uma nova meta para o estilo musical da banda, tem que se ter cuidado com o que se toma como parametro, um motivo que leve a tal mudança, de acordo com a entrevista, o mesmo diz que outros ficavam endeusando o Varg, claro, concordo que não e por esse lado, mas o gotico, possui uma leva de bandinhas que parecem sempre tocar o mesmo para poder aparecer para o mundo sem se preocupar em seguir sua ideologia. Gosto muito da cena do metal brasileiro, mas faço uma resalva, o maior defeito da maioria da bandas nacionais e se preocupar com a cena mundial e suas mudanças, em vez de fazer o maximo manter sua ideologia e fazer o melhor para produzir um som foda e fazer jus aos grandes musico que regem o nosso pais!
    Faça o melhor de si e foda-se o que os outros pensem, pois muito de seus fãs as vezes gostavam de um estilo seu, de repente agora so os fracos curtem o que vcs faz agora!

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  2. Gostei das palavras do Alfredo,
    a muitas pessoas que desvalorizam o Metal Nacional,
    para ficar escutando o Metal Mundial,
    Isso fica meio que um peso para nós que somos do Brasil,
    sabemos que lá eles também admiram o só Brasileiro...
    mas eu prefiro Honra o Metal Nacional, do que o Internacional,
    certo que muitos se baseam muitos por eles..

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  3. Infelismente a verdadeira e real cena o black underground se foi nos anos 90, o que nos resta e tentar honrrar nossas raizes, Sarcofago que ate hoje e o principal pilar de respeito do cenario mundial, tambem concordo com Alfredo.

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