"Crepúsculo dos Ídolos Os Hiperbóreos de um Tempo Uma voz e um som. A banda é composta por cinco estrelas. Cada qual uma ponta da constelação pentagonal denominada Crepúsculo dos Ídolos. Juntos formamos um pentagrama de evocações. Donde brotam flores para a humanidade. Separados somos cinco estudantes preocupados com questões existenciais: dois historiadores, um psicólogo, um filósofo e um artista. Nos encontramos separadamente e em tempos diversos, mas formamos a banda em 2004. A idéia da banda já existia antes. O primeiro demo foi composto antes desta formação. Mas considero que somente em 2004 realmente formamos uma banda. Significarei Crepúsculo dos Ídolos. Crepúsculo: a ultima hora do dia; é sempre um anunciar, lembra fim e ocaso, ao mesmo tempo começo e esperança; é vermelho e negro, é vitalidade e amor, é morte e ódio; é o momento em que se vira a ampulheta; lembra mudança, inconstância, eternidade. Ídolos: adoração, lembra um poder extraterreno; o absoluto sem mudanças, verdade; o demasiado estimar, aqui não precisamos enumerar os objetos estimados, é simplesmente o demasiado apego, é amar demais o outro, o fora; são quaisquer divindades, quaisquer ideologias, quaisquer dogmas; Firmamos nossos pés, as cabeças sempre foram erguidas, empunhamos nossas espadas. Estamos prontos! Estamos prontos. Crepúsculo dos Ídolos. Uma voz e um som. Podemos dar duas características essenciais ao Metal Negro: ser contra o cristianismo, ideologicamente, e, a sonoridade deve ser pesada, que gera sentimentos, como o poder, a “obscuridade”, o terror, o sombrio, mas, relevantemente, a luta, a força e o poder. Som de mil trovões ressoando na imensidão, só assustam aqueles que podem se assustar, os fracos e medrosos; os que possuem maiores números de coisas a temerem. Soam trovões, do negro tempestuoso da alma, trazendo fúria para nossos corações guerreiros. Traga em suas vozes guturais o proclamar de um reino, o proclamar de um amanhã. Traga terror, traga fogo, traga guerra, não gostamos de deitar em jardins – a não ser para revigorar as forças para novas guerras. Não queremos a paz. Quem hoje em dia quer a paz? O fraco, o caído, o desamparado que quer amparo, quer muletas, quer o paraíso, quer um salvador. Soam trovões, dos céus negros e tempestuosos de Al Araaf. Empunhamos as espadas, jubilosos proscênios. Se confunda com nossos acordes. Somos negros, nosso som é negro, nossa voz é negra. Som negro. Grito da alma. O que importa na sonoridade é o sentimento. No Metal Negro ele é Negro. Muitos ouvidos ouvem nossos sons. E sabemos que cada ouvido é diferente do outro. Não nos preocupamos em agradar. Procuramos com a arte musical expressar e suscitar sentimentos. Acreditamos que a musica é uma rica expressão das situações da alma. Com nossa musica procuramos evocar sentimentos já enumerados aqui, e manifestá-los perfeitamente. Erra os que nos chamam de Satanistas. Não possuímos ídolos. La vey é cristão ressentido. Aproveitando-se das idéias de Crowley escreveu seu livro confuso. Confundem-se Homem, Deus e Satã, em uma inversão barata do cristianismo: “9. Satan tem sido o melhor amigo que a igreja já teve, pois ele cuidou dos seus negócios todos esses anos!” (Bíblia Satânica). Bíblia? Satânica? Ah! Aqui exala aquele velho cheiro, mais adocicado no entanto. Mas o velho cheiro. Morte aos servos! Por detrás do “não servir” estão os agrilhoes mais encantadores, por que são os agrilhoes camuflados pela inversão. Morte, morte aos servos!! Erra os que nos chamam de thelemitas? Aqui não há certo e errado, como podem errar? Thelema = v.. amor = homem = deus. AUMGN"
http://www.metal-archives.com/band.php?id=102927
Aí vem vindo uma grande arte no Metal Negro, acredito que para nossa saúde esse trabalho que vem sendo feito seriamente e com muita competência seja no mínimo um bom espelho para as novas bandas e as que virão para que não precisem se espelhar na "febre do norte". Para que Sarcófago não seja apenas um pioneiro com fim curto, para que Sarcófago não seja idolatrado, mas sim reconhecido e admirado.
Que cresça o número de bandas, projetos ou hordas brasileiras com qualidade digna de Brasil.
Para além do bem e do mal deve ir o nosso paraíso infernal brasileiro.
Para além do bem e do mal nasceu para voar o nosso Metal Negro, pois antes de ser satânico ele jaz oculto.
Por Diego O. Soares
A intenção da criação deste blog se fez perante a necessidade de uma discussão séria sobre um dos gêneros mais polêmicos de todos os tempos dentro do metal, o black metal.
Este estilo tem particularidades ideológicas, filosóficas e musicais, que o distinguem de outras vertentes do metal.
Além disso, será debatido os vários subgêneros dentro do Black Metal para buscar compreender o porque destes diferentes rótulos, tais como pagan, atmosferic, NSBM, entre outros.
Por fim, serão postados entrevistas, álbuns e vídeos de bandas relacionadas ao estilo, assim como texto de grandes pensadores que influenciaram o Black Metal como um todo.
Este estilo tem particularidades ideológicas, filosóficas e musicais, que o distinguem de outras vertentes do metal.
Além disso, será debatido os vários subgêneros dentro do Black Metal para buscar compreender o porque destes diferentes rótulos, tais como pagan, atmosferic, NSBM, entre outros.
Por fim, serão postados entrevistas, álbuns e vídeos de bandas relacionadas ao estilo, assim como texto de grandes pensadores que influenciaram o Black Metal como um todo.
domingo, 26 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Inno a Satana Emperor - Tradução
Inno A Satana
(Ihsahn)
O' mighty Lord of the Night. Master of beasts
Bringer of awe and derision
Thou whose spirit lieth upon every act
Of oppression, hatred and strife
Thou whose presence dwelleth in every shadow
Thou who strengthen the power of every quietus
Thou who sway every plague and storm
Harkee
Thou art the Emperor of Darkness
Thou art the Emperor of Darkness
Thou art the king of howling wolves
Thou art the king of howling wolves
Thou hath the power to force any light in wane
Sans mercy. Sans compassion
Nor will to answer
Whosoever asketh the why
Thy path is capricious but yet so wide.
With no such thing as an impediment to strong.
Every time thou consecrate me
To another secret of Thine
I take another step towards Thy Pantheon
O' mighty Lord of the Night. Master of beasts
Bringer of awe and derision
Thou whose spirit lieth upon every act
Of oppression, hatred and strife
Thou whose presence dwelleth in every shadow
Thou who strengthen the power of every quietus
Thou who sway every plague and storm
Harkee
Thou art the Emperor of Darkness
Thou art the Emperor of Darkness
Thou art the king of howling wolves
Thou art the king of howling wolves
Thou hath the power to force any light in wane
Sans mercy. Sans compassion
Nor will to answer
Whosoever asketh the why
Forever wilt I bleed for Thee
Forever wilt I praise Thy dreaded name
Forever wilt I serve Thee
Thou shalt shalt forever prevail
Inno a Satana. Inno a Satana
Inno a Satana. Inno a Satana
Inno a Satana
Nor will to answer
Whosoever asketh the why
Forever wilt I bleed for Thee
Forever wilt I praise Thy dreaded name
Forever wilt I serve Thee
Thou shalt shalt forever prevail
Inno a Satana. Inno a Satana
Inno a Satana. Inno a Satana
Inno a Satana
Hino a Satanás
(Ihsahn)Oh! Poderoso senhor da noite. Senhor das bestas.
Aquele que traz reverência e zombaria
Vós cujo espírito iluminou sobre cada ato
De opressão, ódio e luta
Vós cuja presença reside em toda sombra
Vós que fortalece o poder de todo calado
Vós que domina toda praga e tempestade
Ouça atentamente
Tu és o Imperador das Trevas
Tu és o Imperador das Trevas
Tu és o rei dos lobos uivantes
Tu és o rei dos lobos uivantes
Tu chocas poder e força contra toda luz que mingua
Nem misericórdia. Nem compaixão
Ou vontade para responder
A quem quer que pergunte o por quê
Vosso caminho é caprichoso mas ainda tão largo
Sem que tal seja impedimento para você se fortalecer
Toda vez que tu me consagras
Com outro segredo vosso
Eu dou outro passo em direção ao vosso Panteão
Oh! Poderoso senhor da noite. Senhor das bestas
Aquele que traz reverência e zombaria
Vós cujo espírito iluminou sobre cada ato
De opressão, ódio e luta
Vós cuja presença reside em toda sombra
Vós que fortalece o poder de todo calado
Vós que domina toda praga e tempestade
Ouça atentamente
Tu és o Imperador das Trevas
Tu és o Imperador das Trevas
Tu és o rei dos lobos uivantes
Tu és o rei dos lobos uivantes
Tu chocas poder e força contra toda luz que mingua
Nem misericórdia. Nem compaixão
Ou vontade para responder
A quem quer que pergunte o por quê
Para sempre eu vou sangrar por ti
Para sempre eu vou prezar vosso odioso nome
Para sempre eu vou te servir
Tu deves para sempre prevalecer
Hino a Satanás. Hino a Satanás
Hino a Satanás. Hino a Satanás
Hino a Satanás
ALBUM PARA DOWNLOAD: EMPEROR IN THE NIGHTSIDE ECLIPSETu és o Imperador das Trevas
Tu és o Imperador das Trevas
Tu és o rei dos lobos uivantes
Tu és o rei dos lobos uivantes
Tu chocas poder e força contra toda luz que mingua
Nem misericórdia. Nem compaixão
Ou vontade para responder
A quem quer que pergunte o por quê
Para sempre eu vou sangrar por ti
Para sempre eu vou prezar vosso odioso nome
Para sempre eu vou te servir
Tu deves para sempre prevalecer
Hino a Satanás. Hino a Satanás
Hino a Satanás. Hino a Satanás
Hino a Satanás
LINK: http://www.megaupload.com/?d=UNXVLQCQ
Sem sombra de dúvidas, um dos maiores clássicos em matéria de Black Metal realizados até hoje, este a meu ver é o melhor albúm de black metal sinfonico lançado em todo a história do metal. Negro, melódico, obscuro, satânico e muito bem executado, com certeza um som muito além de seu tempo, esta música sem sombra de dúvidas é um clássico absoluto. Nos mostra todo o poder concedido ao imperador das trevas satanás, alem de nos mostrar que deve ser respeitado e reverenciado pelos seus poderes de comando sobre todas as pragas e tempestades que assolam o mundo, por isso seu nome deve ser temido e respeitado. Inno a Satana não é apenas um hino a Satanás, mas sim um hino a todo o black metal. Perfeição em forma de música e tudo que tenho a dizer sobre a Inno a Satana e sobre o albúm In the Nightside Eclipse do Emperor, simplesmente fabuloso.
domingo, 19 de setembro de 2010
Asaradel
Entrevista cedida por: Getúlio (Gárgula Valzer)
Realizado em: 2005
Por: Fabio
Somente disponivel no Web Zine
"Você fez parte da banda ASARADEL, que tocava black metal, o que levou você a mudar o direcionamento da sua música nesse novo projeto, a trabalhar com a música gótica e se dedicar tanto a esse estilo completamente diferente do Asaradel, sua banda anterior? Desde aqueles tempos, você já apreciava Gótico?
(Getúlio)ASARADEL foi magia pura! Foi uma banda de fases interessantíssimas! Os primeiros cinco anos foram de total obscurantismo, fazíamos coisas muito loucas, uma vez tocamos no antigo GARAGE no Rio de Janeiro, e levamos no ônibus um arsenal de artigos de funerária, uma mochila repleta de velas, ninguém entendia nada; mas na época o cenário era muito pesado, pedia essas extravagâncias mórbidas e, vivíamos pela morbidez. Literatura? Crowley nas veias! Eu morei numa república com uns caras muito pirados, com ratos... No meu quarto tinha uma bandeira do Crowley, às vezes víamos alguns espíritos e comemorávamos isso... Depois surgiu o “Norwegian Black Metal”, e tudo perdeu aquele encanto, aquela coisa de ficar endeusando Varg [Nota do R: Varg Vikernes, mentor do Burzum] foi ficando chata, apareceu um milhão de bandas xerox das bandas da Noruega, e aí descobri BALDELAIRE e nomes mágicos que os Góticos adoravam como LACRIMOSA, DEATH IN JUNE, etc... me identifiquei totalmente com o Goticismo e ASARADEL virou Gótico com a entrada de Joy no baixo, gravamos um EP oficial que hoje tem sido muito procurado, mas, fomos injustiçados pela “mídia” na época; muita gente sacaneou o Asaradel, o cara que assinamos não fez nenhuma divulgação do disco, foi como ter lançado mais uma demo, entende? Aquilo foi deixando a gente triste, e desistimos. Comecei no Gótico em 1996, e um álbum que me marcou muito foi o “Inferno”do Lacrimosa."
Entrevista completa:
http://www.oocities.com/secretsentrevistas/entrevistagargulavalzer1.html?201019#ixzz0zxCdYzWW
Realizado em: 2005
Por: Fabio
Somente disponivel no Web Zine
"Você fez parte da banda ASARADEL, que tocava black metal, o que levou você a mudar o direcionamento da sua música nesse novo projeto, a trabalhar com a música gótica e se dedicar tanto a esse estilo completamente diferente do Asaradel, sua banda anterior? Desde aqueles tempos, você já apreciava Gótico?
(Getúlio)ASARADEL foi magia pura! Foi uma banda de fases interessantíssimas! Os primeiros cinco anos foram de total obscurantismo, fazíamos coisas muito loucas, uma vez tocamos no antigo GARAGE no Rio de Janeiro, e levamos no ônibus um arsenal de artigos de funerária, uma mochila repleta de velas, ninguém entendia nada; mas na época o cenário era muito pesado, pedia essas extravagâncias mórbidas e, vivíamos pela morbidez. Literatura? Crowley nas veias! Eu morei numa república com uns caras muito pirados, com ratos... No meu quarto tinha uma bandeira do Crowley, às vezes víamos alguns espíritos e comemorávamos isso... Depois surgiu o “Norwegian Black Metal”, e tudo perdeu aquele encanto, aquela coisa de ficar endeusando Varg [Nota do R: Varg Vikernes, mentor do Burzum] foi ficando chata, apareceu um milhão de bandas xerox das bandas da Noruega, e aí descobri BALDELAIRE e nomes mágicos que os Góticos adoravam como LACRIMOSA, DEATH IN JUNE, etc... me identifiquei totalmente com o Goticismo e ASARADEL virou Gótico com a entrada de Joy no baixo, gravamos um EP oficial que hoje tem sido muito procurado, mas, fomos injustiçados pela “mídia” na época; muita gente sacaneou o Asaradel, o cara que assinamos não fez nenhuma divulgação do disco, foi como ter lançado mais uma demo, entende? Aquilo foi deixando a gente triste, e desistimos. Comecei no Gótico em 1996, e um álbum que me marcou muito foi o “Inferno”do Lacrimosa."
Entrevista completa:
http://www.oocities.com/secretsentrevistas/entrevistagargulavalzer1.html?201019#ixzz0zxCdYzWW
"...Depois surgiu o “Norwegian Black Metal”, e tudo perdeu aquele encanto..."
Esse é o reflexo negativo da "epidemia do norte" no cenário brasileiro, a influência e importância de Mayhem,Burzum e companhia é inegável, mas o que todos tinham que entender é que somos muito mais do que meras cópias do "True Black Metal" e que o Black Metal raiz, pioneiro e por isso me atrevo a exclamar verdadeiro!...Veio antes com todos aqueles que já sabemos. Então considero apenas coerente o termo “true” se for aplicado como homenagem a Venom,Hellhammer,Bathory e cia, caso contrário seria um furto descarado, uma verdadeira cara de pau. Se precisam rotular então que sejam honestos e sinceros consigo mesmo:
“Norwegian Black Metal” é muito mais coerente. A cultura agradece!
Diego O. Soares - hprip
Asaradel - A Dance of Pure Triumph
Informações:
Barbacena - MG
ASARADEL - poet of a grey winter
Asaradel recorded live in ´97 at "the hold".
song: Poet of a grey winter ( from " a dance of pure triumph" )
Getulio - voice, guitar
Shan - guitar
Joy - bass
Ccello - drums
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Katatonia- Without God Tradução
Without God
Human birds watch the sky
Where dark formations sail
Infecting the area of god
"JHVA ELOHIM METH"
I am god creator of life
I am god enchanter of death
Death - that now marks you
Life - that slowly pass away
Screams of fear, dismembering the wind
Helpless souls drowning in pain
But storms of dawn...
A dawn without God
My spirit filled with hate sets free
The force of the Golden Dawn
Without God
Entomb your fear
The spirit is free
Jhva Elohim Meth
Satan laughs
Jhva Elohim Meth
I raise my fist to the sky
Swear the ancient oath of black
The lambs shall bleed
Eternally bleed
God is dead and shall forever be
Where dark formations sail
Infecting the area of god
"JHVA ELOHIM METH"
I am god creator of life
I am god enchanter of death
Death - that now marks you
Life - that slowly pass away
Screams of fear, dismembering the wind
Helpless souls drowning in pain
But storms of dawn...
A dawn without God
My spirit filled with hate sets free
The force of the Golden Dawn
Without God
Entomb your fear
The spirit is free
Jhva Elohim Meth
Satan laughs
Jhva Elohim Meth
I raise my fist to the sky
Swear the ancient oath of black
The lambs shall bleed
Eternally bleed
God is dead and shall forever be
Sem Deus
Pássaros humanos observam o céu
Onde formações negras navegam
Infectando a área de Deus
"DEUS ESTÁ MORTO” (1)
Eu sou o Deus criador da vida
Eu sou o Deus encantador da morte
Morte – que agora te marca
Vida – que vagarosamente morre
Gritos de medo, desmembrando o vento
Almas desamparadas afogando-se na dor
Apenas almas da alvorada...
Uma alvorada sem Deus
Meu espírito carregado de ódio liberta
A força do Amanhecer Dourado (2)
Sem Deus
Enterre seu medo
O espírito está livre
"Deus está morto”
Satã ri
"Deus está morto”
Eu ergo meu punho ao céu
Proclamo o antigo juramento dos obscuros
As ovelhas sangrarão
Eternamente sangrarão
Deus está morto e assim permanecerá eternamente
(1) Jhva Elohim Meth quer dizer “Deus está morto”. Trata-se de uma passagem do livro “A Gaia Ciência” do filosofo alemão Friedrich Nietzsche. No terceiro capítulo deste livro é lançado o famoso diagnóstico nietzschiano: “Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos”, proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios (§125). No penúltimo parágrafo surge a idéia de eterno retorno. E no último, aparece Zaratustra, o criador da moral corporificada do Bem e do Mal que, como personagem na obra posterior, finalmente superará sua própria criação e anunciará o advento de um novo homem, um além-do-homem. (Fonte: Wikipédia)
(2) Golden Dawn é uma referência a Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, uma das ordens precursoras do renascimento do paganismo no fim do século 19 e inicio do século 20, influenciando muito dos sistemas de estudo de ocultismo e magia atualmente. Foi fundada na Inglaterra em 1888 por William Robert Woodman e teve como membros Oscar Wilde, Aleister Crowley, Gerald Gardner, entre outros.
Onde formações negras navegam
Infectando a área de Deus
"DEUS ESTÁ MORTO” (1)
Eu sou o Deus criador da vida
Eu sou o Deus encantador da morte
Morte – que agora te marca
Vida – que vagarosamente morre
Gritos de medo, desmembrando o vento
Almas desamparadas afogando-se na dor
Apenas almas da alvorada...
Uma alvorada sem Deus
Meu espírito carregado de ódio liberta
A força do Amanhecer Dourado (2)
Sem Deus
Enterre seu medo
O espírito está livre
"Deus está morto”
Satã ri
"Deus está morto”
Eu ergo meu punho ao céu
Proclamo o antigo juramento dos obscuros
As ovelhas sangrarão
Eternamente sangrarão
Deus está morto e assim permanecerá eternamente
(1) Jhva Elohim Meth quer dizer “Deus está morto”. Trata-se de uma passagem do livro “A Gaia Ciência” do filosofo alemão Friedrich Nietzsche. No terceiro capítulo deste livro é lançado o famoso diagnóstico nietzschiano: “Deus está morto. Deus continua morto. E fomos nós que o matamos”, proferido pelo Homem Louco em meio aos mercadores ímpios (§125). No penúltimo parágrafo surge a idéia de eterno retorno. E no último, aparece Zaratustra, o criador da moral corporificada do Bem e do Mal que, como personagem na obra posterior, finalmente superará sua própria criação e anunciará o advento de um novo homem, um além-do-homem. (Fonte: Wikipédia)
(2) Golden Dawn é uma referência a Ordem Hermética do Amanhecer Dourado, uma das ordens precursoras do renascimento do paganismo no fim do século 19 e inicio do século 20, influenciando muito dos sistemas de estudo de ocultismo e magia atualmente. Foi fundada na Inglaterra em 1888 por William Robert Woodman e teve como membros Oscar Wilde, Aleister Crowley, Gerald Gardner, entre outros.
Sem sombra de dúvidas, me atrevo a dizer que esta é o melhor musica do katatonia, provida de seu melhor album: dance of december souls, a musica carrega em si uma atmosfera morbida e sinistra que muitas bandas de black metal de hoje em dia fica a anos luz desta obscuridade. Deus esta morto, como diria Nietzche, fica claro na música a passagem do filósofo, a letra nos transfere a um mundo onde o ser humano que comanda suas ações, escolhas e vontades, sem ter que se curvar a um Deus imposto a nós pela falsa moralidade judaica-cristã. O ser humano está livre, assim como sua alma, liberto de dogmas e preceitos que o comandem ou que o limitem, um mundo perfeito para o descanso final da alma. Apesar da banda ter mudado para uma linha musical que não é de minha preferência, os próprios membros da falam que sempre fazem letras tristes e melancólicas, e without god é prova disso. Excelente.
LINK: http://www.mediafire.com/?jmflndytylz
FAIXAS:
1. Seven Dreaming Souls (Intro) - 00:45
2. Gateways of Bereavement - 08:15
3. In Silence Enshrined - 06:30
4. Without God - 06:51
5. Elohim Meth - 01:42
6. Velvet Thorns (of Drynwhyl) - 13:56
7. Tomb of Insomnia - 13:09
8. Dancing December - 02:18
FONTE: http://whiplash.net/materias/traducoes/063766-katatonia.html
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Freezing Moon - Mayhem (tradução)
DEAD a mente doentia por trás de Frezzing Moon
Freezing Moon
Everything Here Is So Cold
Everything Here Is So Dark
I Remember It As From A Dream
In The Corner Of This Time
Diabolic Shapes Float By
Out From The Dark
I Remember It Was Here I Died
By Following The Freezing Moon
It's Night Again, Night You Beautiful
I Please My Hunger, On Living Humans
Night Of Hunger Follow It's Call
Follow The Freezing Moon
Darkness Is Growing, Eternity Opens
The Cememtary Lights Up Again
As In Ancient Times
Fallen Souls Die Behind My Steps
By Following The Freezing Moon
Lua Congelante Interpretação
Tudo aqui é tão frio O personagem se mostra deslocado numa
Tudo aqui é tão escuro espécie de dejavú.
Eu me lembro como se fosse um sonho Seu mundo é macabro e diabólico
Na esquina desse tempo e ele se lembrou que morreu por seguir a lua
congelante.
Formas diabólicas flutuam Sempre romântico com a noite e com a morte
Saindo da escuridão ele satisfaz sua fome para seguir o chamado.
Eu me lembro que foi aqui que eu morri A escuridão que sempre o atraiu fica cada vez
Por seguir a lua congelante mais forte.Almas morrem tentando...
É noite novamente, noite bonita
Eu satisfaço minha fome, nos servos humanos
Noite de fome siga o chamado
Siga a lua congelante
Escuridão está crescendo
As luzes do cemitério estam acesas novamente
Como nos tempos antigos
Almas caídas morrem por trás dos meus passos
Por seguir a lua congelante
LINK PARA DOWNLOAD: MAYHEM-LIVE IN LEIPZIG: http://rapidshare.com/files/385897701/Mayhem_-_Live_In_Leipzig__1993___NOR_.rar
Tracklist:
1. Deathcrush 04:37
2. Necrolust 03:46
3. Funeral Fog 06:31
4. Freezing Moon 07:05
5. Carnage 04:06
6. Buried By Time And Dust 05:29
7. Pagan Fears 07:00
8. Chainsaw Gutsfuck 05:07
9. Pure Fucking Armageddon 03:10
Total playing time: 46:55
Interpretação por Diego O. Soares
Um clássico da música, mas o que está por trás dessa lenda foi uma mente doentia e deslocada de seu tempo real. Poucas canções causam tanto impacto como Freezing Moon causa, ela toma conta do ambiente.E não precisa ser dos mais sensíveis para se envolver no mundo de Dead: frio,congelante,obscuro,agonizante,masoquista e amante da tão apreciada morte.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Acceptus Noctifer - Amores De Ofício (2009)
Artist: Acceptus Noctifer
Album: Amores De Ofício
Year: 2009
Genre: Black Metal
Country: Portugal
Quality: mp3@192kbps
Size: 58 MB
1. Sonhos De Cadáver 04:21
2. Vícios de Covil 04:28
3. O Estertor Mortal 03:31
4. Bacantes De Nobres Vícios 03:11
5. Rio De Moinhos 03:08
6. Veneno Que Me Bebe 05:36
7. Seja Essa A Tua Sede… 06:03
8. Funérea Madrugada 06:31
9. Canteiro De Ossos 05:35
Total playing time 42:24
link para download:
http://www.megaupload.com/?d=P5FQ4Y0L
Excelente banda de Portugal que faz um black metal muito obscuro e com muito sentimento, tem musicas com pegadas mais rápidas e diretas e outras com guitarras mais gélidas e arrastadas, completado com vocais desesperados que dão um clima morbido ao som, altamente recomendavel a todo ouvinte de um triste e depressivo black metal.
----------
Interpretação por Diego O. Soares
Sonhos De Cadáver Interpretação
Órbitas sem olhos, lâmpadas sem luz, A primeira estrofe descreve claramente um corpo
maxilas cor d'âmbar, frias como o gelo, enterrado e em estado prolongado de decomposição.
faces descarnadas, crânios sem cabelo,
formas onde a carne se desfez em pus
despiu-nos a terra o tórax e os diversos membros.
Das bocas sem lábios sai-nos uma trova, Agora os cadáveres aterrorizam com sua arte macabra.
que é como um punhal esfarrapando a pele. Eles gozam em canções e bailes porque a suas próprias
A desoras, quando treme o arvoredo, necessidades básicas são um terror ao mundo dos vivos.
e o silêncio esmaga as fortes ventanias,
no baile macabro damos as mãos frias
e vamos dançar cancãs que metem medo.
E quem sabe lá, profunda noite escura, O cadáver sonha com a sua amada noite:
as voltas que demos quando ainda não nos tempo em que eram vivos e davam voltas, juntos...
tínhamos descido à negra vala impura.
Ai quem sabe lá! Que a vida é enigma O personagem descreve que uma quebra de fantasias
aonde entramos rindo sem pensar na seca vida... o fez pensar e acreditar que a vida é um castigo e que
Vale mais morrer, que a morte é a saída... não oferece nenhuma razão.
dessa pena injusta, desse infame estigma.
Desse imundo charco... O sonho do cadáver faz com que a realidade dos fatos
A dor e a angústia, o desengano e a febre, fazem de suas verdades uma confiança absoluta.
o ouro de um palácio e a fome de um casebre... E que o vício pela autodestruição
Que para ver males é que nós nascemos é um veneno que nosestraga, estraga o sangue ...
pelas podridões das bacanais devassas,
onde o vício bebe por lascivas taças,
o veneno um que nos estraga o sangue.
faces descarnadas, crânios sem cabelo,
formas onde a carne se desfez em pus
despiu-nos a terra o tórax e os diversos membros.
Das bocas sem lábios sai-nos uma trova, Agora os cadáveres aterrorizam com sua arte macabra.
que é como um punhal esfarrapando a pele. Eles gozam em canções e bailes porque a suas próprias
A desoras, quando treme o arvoredo, necessidades básicas são um terror ao mundo dos vivos.
e o silêncio esmaga as fortes ventanias,
no baile macabro damos as mãos frias
e vamos dançar cancãs que metem medo.
E quem sabe lá, profunda noite escura, O cadáver sonha com a sua amada noite:
as voltas que demos quando ainda não nos tempo em que eram vivos e davam voltas, juntos...
tínhamos descido à negra vala impura.
Ai quem sabe lá! Que a vida é enigma O personagem descreve que uma quebra de fantasias
aonde entramos rindo sem pensar na seca vida... o fez pensar e acreditar que a vida é um castigo e que
Vale mais morrer, que a morte é a saída... não oferece nenhuma razão.
dessa pena injusta, desse infame estigma.
Desse imundo charco... O sonho do cadáver faz com que a realidade dos fatos
A dor e a angústia, o desengano e a febre, fazem de suas verdades uma confiança absoluta.
o ouro de um palácio e a fome de um casebre... E que o vício pela autodestruição
Que para ver males é que nós nascemos é um veneno que nosestraga, estraga o sangue ...
pelas podridões das bacanais devassas,
onde o vício bebe por lascivas taças,
o veneno um que nos estraga o sangue.
Primeira interpretação feita por mim desse trabalho que pra mim é um dos melhores no ramo na atualidade. Com letras muito bem elaboradas e assuntos profundamente estudados. Um exemplo para bandas brasileiras e portuguesas, que tem sim como compor uma bela canção das extremidades com as letras em nosso idioma. Demonstrando assim um maior respeito às pessoas que estão ao seu redor e trabalhando e se dedicando a favor da sua cultura.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
A influência do ocultismo
Aleister Crowley
Aleister Crowley foi um filósofo Inglês do século 19, considerado por muitos um bruxo e satanista. Seu pensamento e pregação se resumiam basicamente no conteúdo da obra chamada Livro da Lei e na doutrina conhecida por Thelema (palavra grega que significa vontade) e que pode ser resumida em "Faz o que quiseres que tudo deve ser da lei. Todo homem é um indivíduo único e tem direito a viver como quiser".
Os princípios hedonistas de Crowley, com a pregação do aproveitamento dos prazeres terrenos, incluindo sexo e drogas, foram base para todas as doutrinas satanistas que se seguiram, embora Crowley não tenha de maneira clara em sua obra se declarado satanista, sendo mais apenas um anti-cristão, tendo tomado para si próprio a denominação de "Número 666".
Por ser uma figura controversa Aleister Crowley despertou muito interesse entre artista de rock.
É Aleister Crowley o sujeito da música Mr Crowley de Ozzy Osbourne.
O disco Seventh Son Of a Seventh Son do Iron Maiden possui várias citações a trechos da obra de Aleister Crowley.
Um dos mais famosos estudiosos da obra de Crowley foi Jimmy Page, Guitarrista do Led Zeppelin. Além de adquirir manuscritos e objetos pessoais de Crowley Page chegou a comprar a mansão do bruxo às margens do Lago Ness onde Crowley teoricamente faria seus rituais.
Aleister Crowley aparece entre os personagens da capa do disco Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band dos Beatles.
No rock do Brasil a maior personalidade ligada ao pensamento de Crowley foi Raul Seixas. A música Sociedade Alternativa, entre outras, são exemplos disto. Ao final de Sociedade Alternativa Raul Seixas grita para o público: "O Número 666 chama-se Aleister Crowley. A lei de Thelema... esta é a nossa lei e a alegria do mundo. Faz o que tu queres, há de ser tudo da lei. Todo homem e toda mulher é uma estrela." Tratam-se de trechos da obra de Crowley.
H. P. Lovecraft
Howard Philips Lovecraft foi um escrito de ficção nascido em 1890 e morto em 1937. É considerado um dos pais da ficção e do terror modernos na literatura.
Lovecraft costumava fazer parecer em seus livros que os demônios e rituais citados eram reais, inclusive citando como fontes de seus conhecimentos a mitologia grega, egípcia, árabe e assíria embora tudo não passasse de ficção. Costumava citar frequentemente em seus contos demônios como Cthulhu e Shub-Nigurath além de abordar os rituais de invocação que haveriam escritos em um livro chamado Necronomicon (Livro dos Mortos).
O livro dos mortos nunca existiu, porém Lovecraft o tratava de forma tão detalhada em seus livros que chegaram a se criar seitas de estudo do Necronomicon e várias versões foram forjadas deste livro. O Necronomicon é o livro tema da série de filmes A Morte do Demônio (Uma Noite Alucinante) em que um grupo de jovens invoca sem querer forças incontroláveis. É também baseada na obra de Lovecraft a série Re-Animator entre muutos outros filmes e livros.
A influência de Lovecraft entre bandas de rock é apenas literária, mas os demônios e rituais de sua obra costumam ser confundidas com uma religião de verdade, o que leva muitos a considerarem isto satanismo.
A música Call of Cthulhu do Metallica é baseada no livro de mesmo nome de H. P. Lovecraft. Cthulhu é uma criatura (um demônio) que dormiria no fundo dos oceanos, se comunicando com os humanos através de sonhos.
Na capa do disco Live After Death do Iron Maiden é de H. P. Lovecraft a citação escrita na lápide da sepultura de Eddie. "That is not dead which can eternal lie, And with strange aeons even death may die." A tradução aproximada seria "Não está morto o que eternamente jaz inanimado, e em realidades estranhas até a morte pode ser vencida". Obviamente o trecho, que seria uma citação do Necronomicon, trata sobre a vida após a morte.
Fonte:
http://whiplash.net/materias/curiosidades/000116-robertjohnson.html
Imagem:
Dissection - Maha Kali
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Black Metal: Sentimento ou Ideologia?
Em primeiro lugar, gostaria de frisar que essa questão é muito pertinente, sobretudo, em face de maneira simplista de como o Black Metal vem sendo concebido na Internet e em outros meios. O que vemos hoje é uma série de equívocos culturais e ideológicos difundidos por pessoas que, obviamente, não se preocupam em desvelar aquilo que pretensamente dizem que cultuam. Basta observar o conteúdo dos “recados” deixados nos Orkuts; frases do tipo: “Que Satanás ilumine teus caminhos”, “Satanás te abençoe”, “Satanás te ama”. Frases como essas denotam, por sua estrutura, que seus autores continuam atrelados a ideologia judaico-cristã e nem se dão conta disso, pois para eles o importante é ser satanista, pois é isso que está na moda e o honroso Black Metal apenas seria uma extensão desse modismo. Observando esse fato, a impressão que temos é de que Satanás tornou-se um “ente” tão benéfico quanto o Nazareno digno de ser louvado por seu amor, bondade e piedade eterna.
Em segundo, gostaria de dizer que o Black Metal é arte, uma arte desvirtuadora, mas ainda assim arte, e como toda forma de expressão artística não é neutra de concepções ideológicas, e nem poderia de deixar de sê-la, uma vez que ele se embasa em diferentes concepções culturais e filosóficas. No entanto, no que concerne a arte (música), a primeira coisa que nos chama a atenção não é seu aspecto interno (ideologia), mais sim seus aspectos exteriores tais como: arranjo musical, atmosfera, sincronia etc. Aspectos estes que estão intrinsecamente relacionados à emoção. Assim, quando ouvimos uma determinada música e dela gostamos sem atentar para os seus aspectos internos (primeiro contato), significa que estamos interagindo com ela, portanto a questão ideológica torna-se secundária. E somente a partir de sucessivas apreciações de uma determinada música que os aspectos internos (ideologia) e externos (desencadeadores de emotividade) se complementem, contudo não se tornam indissociáveis.
Texto produzido com o intuito de mostrar o que realmente é o Black Metal para todos os leitores. Obrigado.
Texto de Spectrum Hagen
Edição Geral de Helielson Marcondes e Wellington Holanda
Fonte: http://the-reevolutions.blogspot.com/2009/01/black-metal-sentimento-ou-ideologia.html
Introdução - A Historia do Black Metal
Inicialmente, gostaria de postar dois textos distintos entre si, mas que em parte se completam em seu significado, o primeiro abordará mais o lado histórico do Black Metal, mostrando suas características de um modo geral. Já o segundo texto, pretende decifrar o indecifrável no Black Metal, se atendo pouco na história e frisando mais a parte ideológica do estilo. Vamos aos textos:
texto 1 Black metal
Black metal é um subgênero musical que evoluiu no início dos anos 80 paralelamente ao death metal, um outro gênero do metal extremo. É um estilo sombrio, cru e agressivo e incorpora em suas letras temas como o satanismo e o paganismo (em particular a mitologia nórdica), em alguns casos neo-nazismo.
Várias bandas de black metal tiveram influências do punk, tais como Venom, Celtic Frost, Bathory, Sarcófago, Darkthrone, Impaled Nazarene, Mayhem, Hellhammer, Behemoth, entre outras.
Algumas bandas consideradas precursoras do estilo são: Venom, Hellhammer, Bathory, Sodom, Celtic Frost, Bulldozer, Destruction e Mercyful Fate. Algumas das bandas mais influentes no início deste estilo foram: Burzum, Darkthrone, Emperor, Immortal, Sarcófago, Mayhem e Deicide.
História
Primordios do black metal
A primeira geração do black metal refere-se às bandas dos anos 80 que influenciaram a sonoridade e formaram um protótipo para o gênero.
O termo "black metal" foi cunhado pela banda inglesa Venom cujo nome foi retirado de seu álbum Black Metal lançado em 1982. Apesar do álbum ser considerado thrash metal pelos padrões modernos, apresentava mais temas e imagens centradas no anti-cristianismo e no satanismo do que qualquer outro da época. Os membros do Venom costumavam adotar pseudônimos, uma prática que se tornou comum entre vários os músicos do black metal.
Outra banda pioneira do black metal foram os suecos do Bathory, liderada por Thomas Forsberg (sob o pseudônimo de Quorthon). A banda apresentou este estilo em seus primeiros quatro álbuns, porém no início da década de 90 tornou-se pioneira do estilo que hoje é conhecido como viking metal.King Diamond e Sarcófago teriam sido os primeiros músicos da cena a utilizarem o "corpse paint".
Algumas bandas nos anos 70 que fizeram referência ao lado obscuro da vida não são enquadradas neste estilo, porém influenciaram bandas precursoras do gênero. Alguns consideram que as bandas precursoras fizeram parte da primeira onda do black metal, sendo alguns dos álbuns mais significativos desta onda: Black Metal - Venom, The Return e Under the Sign of the Black Mark - Bathory, Melissa - Mercyful Fate, Apocalytic Raids - Hellhammer e Morbid Tales - Celtic Frost.
Diversas bandas desta mesma época como Slayer, Possessed e Destruction temas satânicos em suas letras, embora suas sonoridades fossem bem diferentes do black metal. Estas bandas ajudaram a forjar a base do que viria a ser o black metal moderno que passou a existir de forma mais sólida a partir da segunda onda de black metal.
Início dos anos 90 (segunda geração do black metal)
O estilo teve um grande crescimento no início dos anos 90 com a chamada "segunda onda de Black Metal". O ano de 1991 viu os lançamentos dos primeiros discos dessa leva: Worship Him do Samael; o EP Passage to Arcturo do Rotting Christ e Oath of the Black Blood do Beherit.
Foi depois desses lançamentos que bandas da Noruega como Burzum, Darkthrone, Emperor, Mayhem e Immortal contribuíram para tornar o black metal moderno conhecido por todo o mundo. Suas letras falavam de temas pagãos, satânicos, anticristãos e ocultos em geral. Além do aspecto musical, as bandas retomaram o uso das pinturas faciais que passaram a ser chamadas de pinturas de guerra ("warpaint") ou mais comumente "corpse paint". Alguns dos álbuns deste período foram:Fuck Me Jesus do Marduk, Det Som Engang Var e Filosofem do Burzum, A Blaze In The Northern Sky do Darkthrone, Pure Holocaust do Immortal, De Mysteriis Dom Sathanas do Mayhem e In The Nightside Eclipse do Emperor.
Na época de 1991 a 1994 ocorreram na Noruega fatos polêmicos ligados ao black metal como queima de igrejas, assassinatos e violações de túmulos, que indiretamente contribuíram para a divulgação do gênero pelo mundo. Nesta mesma época começam a ser criados inúmeros subgêneros do black metal.
Do final dos anos 90 até hoje (terceira geração do black metal)
Durante os últimos anos da década de 90, o "black metal" ganhou maior notoriedade na mídia através de bandas como Dimmu Borgir e Cradle of Filth, que possuíam uma sonoridade já afastada dos padrões do black metal. Estas bandas logo começaram a ser consideradas black metal melódico ou symphonic black metal, pelo uso intensivo de teclados e elementos de música clássica.
Os EUA têm uma pequena quantidade de bandas de black metal. O movimento estadunidense de black metal é por vezes chamado de USBM. Esse movimento ainda não ganhou uma forma muito clara, mas os grupos mais conhecidos são Absu, Judas Iscariot e Averse Sefira, todos com fortes influências do estilo death metal.
Estas bandas fazem parte da chamada terceira onda de black metal, que contempla o black metal contemporâneo.
História e ideário do black metal norueguês
As mais proeminentes figuras da original cena da Noruega foi Øystein Aarseth, mais conhecido como Euronymous, o guitarrista da banda Mayhem, e Varg Vikernes, único músico do Burzum, precursores da cena black metal na Noruega. A cena era profundamente anticristã, e procurava remover o cristianismo e outras religiões não-escandinavas da cultura norueguesa. A maior parte deste movimento foi dirigida pelo "Inner Circle", um grupo formado por Aarseth, Varg e alguns outros amigos próximos, cuja sede era o sótão da loja de discos de Aarseth, chamada de "Helvete" (ou Inferno). A loja incluía um estúdio de gravações, e foi aí que foram gravados os discos do Mayhem, alguns do Burzum e de outras bandas de black metal que assinaram com o selo de Aarseth, chamado Deathlike Silence Productions. Ele só assinava contratos com bandas que, segundo suas próprias palavras, "encarnavam o mal em seu estado mais puro".
Durante este tempo na Noruega diversas igrejas foram queimadas. O "Inner Circle" foi acusado e não reivindicava estes atos, reclamando que o seu objectivo era inspirar seus seguidores a perpetuar o orgulho escandinavo e não deixar que suas origens fossem esquecidas. A mais famosa das igrejas queimadas foi a de "Fantoft Stave", queimada por um membro do "Inner Circle" com ajuda de Varg Vikernes (também conhecido como Count Grishnackh) da banda Burzum. Os entusiastas do black metal também começaram a aterrorizar outras bandas de death metal que tocavam no país e nos países vizinhos.
A cena black metal ganhou uma grande repercussão na mídia quando o vocalista da banda Mayhem, Per Yngve Ohlin, que adotava o pseudônimo "Dead", cometeu suícidio em Abril de 1991 com um tiro de espingarda na cabeça, depois de ter cortado os pulsos e garganta. Devido o seu grande senso de humor mórbido, deixou escrito: "Desculpem pelo sangue". Seu corpo foi descoberto por Aarseth, que em vez de chamar a polícia, foi correndo para a loja mais próxima comprar uma câmera e tirou fotografias do cadáver. Uma dessas fotografias serviu de capa para o álbum Dawn of the black hearts, do Mayhem. Boatos dizem que Euronymous possuía fragmentos do crânio de Ohlin e que ingeriu pedaços de seu cérebro.
O "Inner Circle" foi mais exposto na mídia quando, em 1993, Vikernes assassinou Aarseth em sua casa, com 23 golpes de faca na cabeça e nas costas. Vikernes foi setenciado a 21 anos de prisão e desde então distanciou-se da cena black metal, escrevendo extensos artigos sobre a história do Burzum. Varg Virkenes, em seus artigos recentes, deixa claro que a música do Burzum não é mais black metal e não tem nenhuma ligação com o satanismo. Entretanto, a sonoridade do seu último album Belus é semelhante à dos anteriores, com excepção da parte vocal.
Características musicais
As canções de black metal costumam apresentar uma ou mais das seguintes características:
• Utilização de tons menores visando à criação de atmosferas musicais sombrias, frias, obscuras e melancólicas.
• Guitarras rápidas usando a técnica de palhetadas em tremolo.
• Baixos com uso de pedal de distorção.
• Letras de cunho anticristão ou ligadas ao Paganismo, Satanismo, Mitologia e Ocultismo em geral. Existem ainda bandas em que as letras são ligadas ao Niilismo, Anti-Humanismo, algumas até mesmo à Depressão, Suicídio ou doenças mentais. Vale notar que bandas como Deicide, Immolation e Slayer possuem algumas músicas com letras referentes a alguns desses temas, porém estas bandas são consideradas respectivamente bandas de Death Metal (Deicide e Immolation) e Thrash Metal (Slayer).
• Bateria rápida e agressiva, geralmente usando a técnica de "blast beats". A bateria também pode assumir uma sonoridade mais seca e vagarosa de forma a criar diferentes atmosferas para a canção.
• Os vocais geralmente são guturais e agudos, mas existem muitas bandas que utilizam estilos vocais bastante variados, ainda que sempre "rasgados".
• Utilização ocasional de teclados, harpas, violinos, órgãos e coros são relativamente comuns, proporcionando à música uma sonoridade de orquestra. As bandas que se utilizam instrumentos "leves" são consideradas bandas de Symphonic Black Metal.
• Produção musical limitada e gravação de álbuns com baixa fidelidade. Este expediente é utilizado intencionalmente como uma afirmação contra a canção "mainstream" ou para criar atmosferas diferentes na canção. Este efeito de "subprodução" é obtido cortando-se as freqüências mais altas e as mais baixas, deixando apenas as freqüências médias. Poucas bandas pioneiras do estilo ainda se utilizam de tal recurso, pois sua produção musical limitada era causada principalmente por seus baixos orçamentos.
Outras características
• Uma característica notória do estilo é a utilização do "corpse paint", que é uma pintura facial (geralmente em preto e branco) que proporciona à pessoa uma aparência de cadáver em decomposição (corpse, em inglês). A banda Immortal referia-se à sua pintura como uma pintura de guerra com significado diverso do "corpse paint".
• Utilização de pseudônimos satânicos/obscuros ou não. Os pseudônimos são herança das tribos guerreiras do passado, onde eram usados pseudônimos com o objetivo de amedrontar os integrantes das tribos inimigas. A utilização de pseudônimos no Black Metal foi iniciada pelo Venom, cuja formação original consistia de Cronos, Mantas e Abbadon. Outros exemplos são: Quorthon (Bathory), Nocturno Culto (Darkthrone), Ihsahn (Emperor), Abbath (Immortal), Euronymous (Mayhem), Shagrath (Dimmu Borgir).
Subgêneros
O black metal é conhecido por possuir inúmeros subgêneros, havendo grande rivalidade entre alguns. Os principais sub-gêneros do estão listados abaixo:
• Blackened death metal: Este subgênero se caracteriza basicamente por ter uma sonoridade de death metal e vocais e letras de black metal.
Algumas bandas: Behemoth, Belphegor, Sarcofago, Zyklon
• Blackened doom: também conhecido como Black Doom e dark metal é um gênero que mescla a temática e vocal do black metal com a lentidão e sonoridade do doom metal.
Algumas bandas: Bethlehem, Forgotten Tomb, Katatonia, Dictator, Fear of Eternity, Barathrum, Ajattara, Nortt.
• Black metal melódico: Black metal com uso intensivo de riffs de guitarra mais melódicas.
Algumas bandas: Catamenia, Naglfar, Woods of Ypres.
• Black metal nacional-socialista: A diferença deste subgênero para o black metal é a orientação neo-nazista, tendo como temas ódio, paganismo, ideais nacional-socialistas, racismo e orgulho da nação de origem.
Algumas bandas: Aryan Terrorism, Temnozor e Nokturnal Mortum.
• Symphonic black metal: Black metal com a adição de elementos clássicos.
Algumas bandas: Borknagar, Cradle of Filth, Dimmu Borgir, Emperor, Arcturus, Old Man's Child, Theatre Des Vampires.
• Viking black metal: Black metal com letras falando sobre vikings, bárbaros, mitologia nórdica e natureza.
Algumas bandas: Bathory, Vintersorg, Enslaved , Moonsorrow
• Depressive black metal: Black metal com temas abordando a depressão, descontentamento para com a vida, suicídio e misantropia.
Algumas bandas: Xasthur, Lifelover , Thy Light, Nocturnal Depression, Nyktalgia, Abyssic Hate , Shining.
Alguns discos importantes do estilo
Os álbuns abaixo são considerados pela crítica como clássicos do estilo:
• Amen Corner – Fall Ascension Domination
• Bathory – Bathory, The Return, Under the Sign of the Black Mark e Blood, Fire, Death
• Burzum – Burzum, Aske, Hvis Lyset Tar Oss , Filosofem
• Celtic Frost – Morbid Tales, To Mega Therion e Into the Pandemonium
• Darkthrone – A Blaze in the Northern Sky, Under a Funeral Moon, Transilvanian Hunger
• Dissection – Storm of the Light's Bane e Reinkaos
• Emperor – In the Night Side Eclipse
• Hellhammer – Apocalyptic Raids
• Immortal – Diabolical Fullmoon Mysticism e Pure Holocaust
• Marduk – Panzer Division Marduk e World Funeral
• Mayhem – Deathcrush,Live In Leipzig e De Mysteriis Dom Sathanas
• Mystifier – Wicca e Goétia
• Sarcófago – I.N.R.I., Rotting e The Laws of Scourge
• Venom – Welcome to Hell e Black Metal
Livros
• Lords of Chaos: The Bloody Rise of the Satanic Metal Underground. Feral House Books, Los Angeles ISBN 0-922915-48-2, 1998
• Garry Sharpe-Young: Rockdetector: Black Metal. Cherry Red Books ISBN 1-901447-30-8, 2004
• Karl Jones: A blaze in the northern sky: Black Metal Music and Subculture. University of Manchester ISBN 0-946180-60-1, 2002
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Black_metal
texto 2 A Definição Indecifrável do Metal Extremo: O Black Metal
Elaine Z
Este artigo se propõe a analisar o subgênero do metal mais contraditório e apreciado por boa parte dos apreciadores/as: o Black Metal.
Percorrendo rapidamente uma parte de sua complexa e um tanto confusa origem (entre as décadas de 70 a 80), excetuando-se sua ligação com o lançamento do álbum BLACK METAL do VENOM, naquela época a insatisfação dos apreciadores/as do metal extremo com a produção musical levou a muitos questionamentos quanto a sua identidade. O rock em sua essência tem como objetivo evocar a rebeldia, o abalo em estruturas morais e sociais, o protesto em geral. E sua profundidade está no metal. Para isso, o metal extremo vale-se da arte sinistra e beliciosa para expressar-se, e quase todas as produções musicais trabalham sob este parâmentro. Se for preciso, corromper símbolos comumente aceitos.
É exatamente neste “gancho” – corromper símbolos comumente aceitos – que entra o ocultismo.
Os questionamentos quanto à identidade do metal extremo levaram algumas bandas a comporem músicas mais obscuras e agressivas, e a adoção de novos ideais, passando bem longe dos da que a cena “underground” da época praticava.
E o que é o ocultismo, senão a volta do ser para o seu lado obscuro, aquela área do subconsciente onde reside forças ainda não despertas, por medo ou bloqueio impostos pela criação? Tudo se dá em meio a questionamentos, que, que geram novas atitudes. O ato de contestar valores comumente aceitos passam pelos sistemas mais dominadores existentes. E um é bem conhecido: a religião.
Interessante mencionar o “Divino Marquês” Sade, que tratou em sua obra de exaltar os instintos mais naturais do homem: a libido e a violência, numa época de grande domínio da religião. Também é necessário mencionar Helena Petrovna Blavatsky, uma pioneira na divulgação do ocultismo pelo mundo com a Teosofia, que dispôs conhecimentos até então inacessíveis às pessoas, chocando a base religiosa monoteísta.
As primeiras manifestações do que viria a ser conhecido como Black Metal se deram com os trabalhos musicais de Venom, Mercyfull Fate e Bathory, que tomaram como base o grande inimigo das religiões monoteístas: Satan. O que poderia ser mais chocante do que exaltar as características deste arquétipo/entidade em detrimento de um sistema dominador baseado nas limitações? Em detrimento de uma doutrina que repreende a elevação do ser humano por seu próprio esforço, “em nome de Deus”?
O Black Metal é, em sua essência, satânico. Não necessariamente ligado à Filosofia proposta pela Church of Satan, fundada por Anton Szandor LaVey, mas especificamente por duas características:
1) A “metáfora” do Lobo;
2) Oposição aos estilos com influências judaico/cristãos
No que diz respeito à “metáfora do lobo”, é sua contraposição diante da “mentalidade de rebanho”. A violência e crueza de sua sonoridade é um “convite” para uma mudança radical de comportamento – de “servo” para “senhor”. “Senhor” de seus problemas, paixões, convicções e opiniões, de inserir-se na realidade compreendida pelo “Self”, e não por ditames ordenados por outros (os guiados como rebanho).
Sua oposição aos estilos com noções cristãs (hippies, por exemplo) se deve ao fato destes evocarem conceitos de igualitarismo, justiça, bondade e maldade. O Black Metal, por outro lado, já evoca o individualismo – desafia a pessoa a provar o quão convicto é de tudo o que acredita para si mesma; é o desnudar-se de suas “máscaras” (auto enganação); submeter os inimigos e exterminar as “almas de espírito pobre e assistencialista”. E de cuidar de seus interesses, acima do interesse coletivo – claro, não desrespeitando as leis e constituição de seu País.
Boa parte destas características estão presentes na Filosofia do Satanismo Moderno, mas o Black Metal, por possuir um ímpeto infinito de expressão, não se limitaria a uma base específica, pois assim não seria “música”, mas sim “hinor de louvor”. Por isso, possui em sua abordagem o paganismo (seja nórdico, sul-americano, grego, etc.), a crítica (oposição ao sistema religioso, moral e social), menção de fatos históricos, filosóficos, e até mesmo elementos ritualísticos e de ambiente (ambient black metal e atmospheric black metal).
Em outras palavras, o Black Metal, quando coerentemente apreciado, leva ao “despertar” de uma condição de subserviência, se valendo do metal mais cru e pesado. Então, se ele possui essa característica, parece um tanto incoerente dizer que possua uma “Filosofia de Vida”. Se aponta de forma direta todas as formas de auto-ilusão, de moral estúpida, então cada um que toma contato com este, despertando o gosto e apreço, produz uma ação independentemente em cada pessoa. Então, não há uma ideologia em comum, mas sim o individualismo.
Conclui-se então que o Black Metal possui uma definição indecifrável pelo individualismo. Satânico, opositor, saudosista dos cultos antigos pagãos, guerreiro, abre um leque de sensações e horror, amado por uns e detestado por outros. Mas sempre de forma crua e profunda.
Longa vida ao Black Metal – Sangue, Honra e Orgulho!
Fonte: http://www.mortesubita.org/sinfonias/musica-e-ocultismo/a-definicao-indecifravel-do-metal-extremo-o-black-metal
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